Suspeitos de sequestro de alemão em Anápolis tentaram convencê-lo a fazer investimentos com eles

Grupo tomou decisão de cometer o crime depois que a vítima recusou a proposta

Aglys Nadielle Aglys Nadielle -
Polícia Civil cumpriu diversos mandados de busca e apreensão. (Foto: Divulgação/Polícia Civil).

Os suspeitos de sequestrar um alemão e a esposa e pedir 555 bitcoins, que correspondem a aproximadamente R$ 50 milhões, em resgate já haviam proposto para que a vítima investisse com o grupo. A investigação da Polícia Civil de Goiás aponta que depois que o homem negou, eles decidiram sequestrá-lo e roubá-lo.

O sequestro aconteceu em setembro de 2020, em Anápolis. A investigação chegou a 13 nomes, que moravam na cidade, em Goiânia, Palmas e São Paulo. No dia 17 de dezembro deste ano, foram cumpridos 17 mandados de busca e apreensão em Goiás, Tocantins e na capital paulista.

“A investigação mostrou que parte desses nomes já tinham relacionamento prévio com a vítima e eles inclusive teriam tentado coagir a vítima a investir com eles, depois que ele negou ele foi sequestrado”, explicou o delegado Jorge Bezerra.

Os suspeitos tiveram 22 veículos bloqueados e 33 imóveis sequestrados. Em valores, também foi deferido o bloqueio de cerca de R$ 1.2 milhão em contas bancárias.

Ao Portal 6, o delegado relatou ainda que o inquérito será finalizado nos próximos dias e se as informações obtidas pela PC forem confirmadas, os nomes serão encaminhados para o Poder Judiciário onde eles podem ser julgados criminalmente.

Bezerra explicou que os bitcoins da vítima não podem ser restituídos, pois os criminosos assim que receberam a transferência utilizaram o valor para compras de bens materiais.

“A investigação mostrou que logo após o crime os criminosos aumentaram esses bens em compras eles estão bloqueados durante o processo criminal eles serão leiloados e serão ressarcidos”, contou.

A Polícia Civil chegou aos suspeitos com a ajuda do Núcleo de Criptoativos do Ministério da Justiça, que rastreou os dados da transferência.

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