Ibaneis admite erro, pede desculpas a Lula e ao STF e chama bolsonaristas de “vândalos e terroristas”
Governador do Distrito Federal afirmou que ele e Flávio Dino monitoravam a chegada dos radiciais e foram surpreendidos
O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), pediu desculpas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e também aos presidentes dos demais Poderes pelo vandalismo de bolsonaristas radicais em Brasília neste domingo (08).
Num vídeo divulgado nas redes sociais, ele cita nominalmente Lula, Arthur Lira (PP-AL), que preside a Câmara dos Deputados, e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado. Também se dirige a Rosa Weber, ministra que está na presidência do Supremo Tribunal Federal (STF).
Na fala, ele condenou os atos e disse que tem “origem democrática”. “Quero me dirigir primeiramente ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva para pedir desculpas pelo que aconteceu hoje na nossa cidade. A presidente do Supremo Tribunal Federal, ao meu querido amigo Arthur Lira, ao meu amigo Rodrigo Pacheco. Todos sabem da minha origem democrática. Todos sabem do meu trabalho junto à Ordem dos Advogados na defesa da democracia do nosso país”, disse.
Ibaneis disse que o ato terrorista em Brasília foi “inaceitável” e chamou os bolsonaristas radicais de vândalos. “São verdadeiros vândalos, verdadeiros terroristas que terão de mim todo o efetivo combate para que sejam punidos. É isso que nós queremos. Brasília é um palco de manifestações pacíficas, onde as pessoas merecem e têm o direito de viver em liberdade. Isso que aconteceu foi inaceitável. Eu, em momento nenhum, vou admitir”, afirmou.
O governador do Distrito Federal ainda alegou que vinha monitorando a chegada de caravanas de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro à cidade e não imaginou que haveria desordem.
“Vínhamos monitorando desde a tarde de ontem, juntamente com o ministro Flávio Dino, todos esses movimentos que estavam chegando ao Distrito Federal. Conversamos de ontem para hoje várias vezes e não acreditávamos em momento nenhum que essas manifestações tomariam as proporções que tomaram”, argumentou.
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