Após se popularizar como remédio para emagrecimento, Ozempic está em falta nas farmácias de Goiânia

Medicamento, que é usado no tratamento da diabete tipo 2 não controlada, também apresentou aumento de 65% no preço

Emilly Viana Emilly Viana -
Após se popularizar como remédio para emagrecimento, Ozempic está em falta nas farmácias de Goiânia
Mulher recebendo solução injetável para tratamento de diabetes. (Foto: Reprodução / @stefamerpik / Freepik)

Farmácias de Goiânia estão com os estoques de Ozempic zerados devido à alta procura pelo medicamento por pessoas que buscam emagrecer. Desenvolvido para o tratamento da diabete tipo 2 não controlada, o remédio tem o aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser utilizado no tratamento contra a obesidade e viu o preço subir 65% no último ano.

O Portal 6 entrou em contato com 10 estabelecimentos em todas as regiões da capital. Em todos eles, contudo, o Ozempic não estava disponível para a venda. Contudo, ainda eram possível pedir o remédio por encomenda em farmácias de grandes redes e em bairros centrais, como Leste Vila Nova e nos setores Sul e Central.

Em duas delas, o produto chegaria de um dia para o outro, caso a solicitação fosse feita nesta sexta-feira (17). A terceira a fornecer a medicação conforme pedido do cliente, contudo, só conseguiria entregá-lo com até 10 dias. “O remédio está em falta, então o laboratório tem demorado um pouco mais para encaminhar essa mercadoria”, justificou uma farmacêutica consultada pela reportagem.

Com o desabastecimento, o Ozempic 1mg também teve aumento de valor para o consumidor final. Nas drogarias pesquisadas pelo Portal 6, o medicamento é encontrado de R$ 963, com o desconto do laboratório, até R$ 1.155. No início do ano passado, a solução injetável era encontrada, em média, por R$ 700.

Apesar disso, a farmacêutica Sandra Costa, conselheira do Conselho Regional de Farmácia do Estado de Goiás (CRF-GO), diz que a situação é considerada regular e que outros fatores podem estar afetando a produção. “É um medicamento caro, então não acredito que a demanda com esse objetivo esteja causando essa dificuldade. Algum insumo pode estar em falta nas indústrias também, o que prejudica a cadeia”, explica.

A conselheira alerta que, embora seja conhecido pelos efeitos colaterais sutis, a medicação requer receita médica e orientação farmacêutica. “Nem sempre serão os mesmo efeitos para todos, cada corpo tem peculiaridades e pode responder diferente. Então não é, de forma alguma, recomendado utilizar por conta própria”, adverte.

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