Dono de bar que matou jovem espancado em Anápolis é condenado a quase 20 anos de prisão

Defesa tentou emplacar tese da legítima defesa, mas foi o entendimento do Ministério Público que prevaleceu no julgamento

Da Redação Da Redação -
Sebastião Gomes Branquinho Júnior foi morto pelo ex-padrasto em Anápolis, no ano de 2022. (Montagem/ Reprodução).

A Justiça de Anápolis condenou Joelson Morais da Silva, dono de um bar no município, a quase 20 anos de prisão por ter matado o enteado de 22 anos, Sebastião Gomes Branquinho Júnior.

O crime ocorreu no dia 23 de março de 2022, no conjunto habitacional Esperança II. Conforme a denúncia do Ministério Público (MP) , o jovem teria ido visitar a mãe, que viveu em união estável com o investigado por seis anos.

No entanto, o relacionamento terminou por causa de ciúmes e do perfil violento de Joelson. Apesar de estarem separados, a mulher ainda vivia em uma casa no mesmo terreno onde ele tocava o bar.

No dia do crime em questão, Sebastião estava ingerindo bebidas alcóolicas no estabelecimento e, após algum tempo no local, começou a ser espancado pelo ex-padrasto.

O rapaz até chegou a gritar pela mãe dele, pedindo socorro, mas as agressões não pararam. Antes de fugir do local, Joelson ainda teria dito que, se o jovem não tivesse morrido, voltaria para matá-lo.

Toda essa cena de brutalidade ainda tem um agravante, visto que foi cometida na frente do irmão da vítima, uma criança de apenas 11 anos.

Sebastião foi socorrido e levado para o Hospital Estadual de Urgências de Anápolis Dr. Henrique Santillo (HUANA), mas não resistiu aos ferimentos e acabou morrendo.

Os exames mostraram que o espancamento resultou em múltiplas fraturas nos ossos da face e do crânio da vítima, provocando hemorragias intra e extracranianas, além de edema cerebral.

A defesa do acusado tentou justificar o crime alegando legítima defesa, mas o conselho de sentença entendeu que o acusado tinha total consciência do que estava fazendo, tanto que ameaçou um retorno ao local caso não tivesse conseguido matar o enteado.

A juíza Nathália Bueno Arantes da Costa, presidente do Tribunal do Júri que aplicou a pena, levou em conta o fato de o homicídio ter sido praticado com muita violência e presenciado pelo irmão da vítima.

Além disso, a magistrada destacou que um fator que influencia na gravidade da ação é o fato de Sebastião ter deixado um filho de um ano, que será privado do convívio com o pai.

Foi aplicada uma pena de 19 anos, cinco meses e 10 dias reclusão ao réu, a ser cumprida inicialmente em regime fechado, sem possibilidade de conversão da pena em restritiva de direito.

O condenado, que já estava detido, deve continuar preso, não podendo recorrer da sentença em liberdade.

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