Donos e funcionários de comunidade terapêutica em Anápolis são denunciados por sequestro, cárcere privado e maus-tratos

Também foram constatadas diversas irregularidades, como ausência de alvará de localização e funcionamento

Maria Luiza Valeriano Maria Luiza Valeriano -
(Foto: Divulgação)

O Ministério Público de Goiás (MPGO) registrou denúncia contra quatro integrantes da equipe do Centro Terapêutico Luminnus, localizado em Anápolis, por sequestro, cárcere privado e maus-tratos de internos. 

Leandro Rodrigues Tiago, Mariliza Mendes Laurêncio da Silva, Renato dos Santos Carvalho e Fernando Fernandes foram os nomes divulgados. Segundo denúncia da promotora de Justiça Yashmin Crispim Baiocchi de Paula e Toledo, a comunidade terapêutica já vitimou diversas pessoas, entre elas, duas ficaram em cárcere privado por mais de 15 dias em julho de 2021. O fato levou à instauração do inquérito que constatou as irregularidades.

Além disso, a denúncia detalha que Leandro Rodrigues e Fernando Fernandes, o representante do Centro, colocaram uma pessoa com menos de 18 anos e outros três internos em perigo. 

A promotora de Justiça apurou que o estabelecimento não possui alvará de localização e funcionamento. Também, os denunciados Leandro e Mariliza, que também são responsáveis pela gestão, ainda que não constem na documentação, ordenaram a busca compulsória dos internos. Já Renato atuava como coordenador do Centro Terapêutico. 

O local onde as vítimas eram mantidas apresentava uma série de irregularidades, entre elas: prescrição e guarda de medicamentos de uso controlado sem receituário médico, descarte de injetáveis em lixo comum, falta de manutenção de medicamentos em armários identificados e trancados e realização inadequada da identificação dos internos.

Os denunciados atendiam dependentes químicos, idosos e pessoas com transtornos mentais, prática proibida em lei. Portanto, o local foi considerado insalubre e inadequado para tratamentos. No portal oficial da comunidade terapêutica, informa-se que há unidades em Goiás e Brasília. Até o momento, o Centro Terapêutico Luminnus não se pronunciou.

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