Bendito Benedito, o chocolatier de Goiânia que foi parar nas telas do GNT

Com apenas 23 anos, ele é um dos primeiros a fazer pinturas com manteiga de cacau em Goiânia

Maria Luiza Valeriano Maria Luiza Valeriano -
(Fonte: Reprodução/Alberto de Melo Pygmeu/GNT)

Na última terça-feira (04), o goiano Benedito Barros, de 23 anos, preparou um doce na frente de milhares de expectadores. Participante do episódio 17 da 9ª temporada do programa Que Seja Doce, da GNT, junto com sua parceira de trabalho, Nicolle Venturin, de 28 anos, Benedito estava realizando um sonho que se desenvolveu por meio da família e da paixão pela cultura brasileira.

Quando não está em estúdio de gravação, o chocolatier e confeiteiro da C’alma pode ser encontrado em cozinhas ao redor de Goiânia, onde mora, hábito que tem desde pequeno. Na hora de responder a clássica pergunta “o que você quer ser quando crescer?”, o goiano respondia “Padeiro!” –  influenciado pela padaria localizada em frente à casa onde morava.

Dentro de casa, a família toda se reunia na cozinha, mas o contato com a confeitaria começou nos aniversários. “Sou criança dos anos 2000. Todos os bolos de festa eram feitos pela família”, relembra o jovem que era chamado pelas tias para auxiliar nas criações.

Porém, a confeitaria como profissão só surgiu quando Benedito cursava Farmácia, na Universidade Federal de Goiás (UFG), e precisava de uma renda extra. “Simplesmente apaixonei. Fiquei dois semestres na Farmácia e vi que não ia dar certo mesmo”. Ao abandonar o curso, o goiano não gastou tempo e aceitou uma oportunidade de estágio na Sablé Patisserie.

Manifestação artística

Benedito, agitado e curioso por natureza, precisava colocar suas ideias no mundo, motivo que o levou a abrir o Bendito Benedito, empresa própria em que poderia aprofundar e expor a paixão pela confeitaria brasileira.

Enquanto usava a criatividade para trabalhar com ingredientes como baunilha do cerrado, castanha do Pará e maracujá e ainda se tornar um dos primeiros a implementar a técnica de pintura com manteiga de cacau em Goiânia, o jovem equilibrava empregos em confeitarias e cozinhas da capital.

Ovo C’alma pintado com manteiga de cacau e recheio de especiarias brasileiras: puxuri, cumaru, pimenta macaco e baunilha do cerrado.
(Foto: Fernando de Paula)

A junção de experiências ruins e os efeitos da pandemia resultaram em uma forte crise depressiva que o deixou em uma espécie de letargia por três meses no final de 2020. O chocolate, mais uma vez, foi o recheio para a vida. “Chamei minha campanha de Páscoa de 2021 de Renascer. Era minha forma de recomeçar com o que passei”, explica.

Sem expectativas

Em 2022, de forma despretensiosa e sem acreditar que seria capaz, Benedito se inscreveu para o Que Seja Doce. “Eu nem recebi o e-mail do processo seletivo porque minha caixa estava cheia. Comprei espaço para conseguir acompanhar tudo”, relembra, rindo.

Apesar de não ter vencido o desafio, o goiano afirma que a experiência valeu a pena. “Foi uma coisa que me provou que sou capaz de cozinhar em qualquer situação.”

Para Benedito, a presença na TV foi apenas o início do que está por vir. “Eu quero ser referência em chocolate em Goiânia, e, principalmente, quero mostrar o que é possível fazer com ingredientes brasileiros”.

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