Cacai Toledo é indiciado junto de 10 policiais militares no caso Fábio Escobar
Polícia Civil finalizou o inquérito e concluiu que, além do empresário, outras sete mortes aconteceram na tentativa de encobrir o crime
Chega ao fim o inquérito do assassinato do empresário Fábio Escobar e de mais sete pessoas, que resultou no indiciamento de Carlos César Savastano de Toledo, o Cacai, ex-presidente do DEM de Anápolis – atual União Brasil (UB) – e também de 10 policiais militares.
Segundo a conclusão da Polícia Civil (PC), que finalizou as investigações em menos de um ano, um total de oito PM’s teriam participado dos homicídios.
Como já repercutido em primeira mão pelo Portal 6, Cacai é apontado como o “mentor intelectual” do assassinato do empresário.
Enquanto isso, o policial Welton da Silva Viega, morto em janeiro de 2023, é tido como o autor. Autoridades ainda apontam que as outras sete mortes teriam sido tentativas de encobrir o crime.
Conforme apurado pelo O Popular, o relatório final do inquérito, feito pela Delegacia Estadual de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), já teria sido encaminhado à 1ª Vara Criminal da Comarca de Anápolis, na última sexta-feira (24).
No documento, consta que ainda não foi cumprido o mandado de prisão preventiva contra Cacai, sendo que este já foi emitido há 11 dias. A Polícia Federal (PF) ainda apontou que não há registro da saída dele do país, apesar da defesa ter afirmado que ele estaria no Canadá em uma viagem de negócios.
Em tempo
A disputa entre os ex-parceiros teria tido início ainda em 2019, quando Escobar expôs vídeos e mensagens com denúncias de irregularidades em contas do DEM, enquanto era coordenador da campanha de 2018 de Ronaldo Caiado, em Anápolis.
Prints e mensagens do celular de Cacai também comprovaram outras demonstrações do atrito entre ele e o empresário, apesar de não ter sido possível fazer uma conexão direta entre o ex-presidente do DEM e os militares envolvidos nos assassinatos.