Ministério da Saúde alerta para risco de epidemia de dengue em Goiás
Risco seria para contaminação de tipo 3, linhagem que ressurgiu no Brasil após 15 anos
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Uma epidemia de casos de dengue pode ocorrer em Goiás em 2024, conforme aponta um alerta emitido pelo Ministério da Saúde e pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).
De acordo com as instituições, o risco é que ocorra a contaminação do tipo 3, linhagem que ressurgiu no Brasil em 2023, em São Paulo (SP) e Roraima (RR) – após 15 anos sem surtos.
No estado do Amazonas (AM), inclusive, especialistas da pasta federal já teriam emitido um alerta de que o sorotipo 3 já predomina na localidade.
Devido a esse cenário, o Governo de Goiás está reforçando algumas ações para o combate da doença, como campanha publicitária de conscientização em todas as plataformas sobre a necessidade de participação popular no combate ao vetor da doença.
O órgão também tem investido em capacitações com os profissionais de saúde sobre o manejo clínico adequado e a devida condução dos casos de dengue, no intuito de evitar o agravamento do quadro e a possibilidade de evolução para óbito.
“A dengue possui quatro sorotipos. Quando uma pessoa é infectada por um deles, automaticamente adquire imunidade para aquele tipo específico. Mas isso não impede que ela se infecte com outra linhagem, e essa reinfecção pode contribuir para um agravamento. Por isso, o alerta do ministério gera tanta preocupação”, explicou a superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), Flúvia Amorim.
Embora já existam duas vacinas contra a doença, que foram liberadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), uma delas ainda não foi incorporada ao Programa Nacional de Imunizações por questões técnicas e a outra está em análise pelo Ministério da Saúde.
“Então, até que a vacina seja liberada e incorporada, a única forma que a gente tem de controlar a doença é controlando o Aedes aegypti. E controlar o mosquito significa evitar criadouros em casa, evitar que ele nasça”, concluiu Flúvia.