Ministério da Saúde alerta para risco de epidemia de dengue em Goiás

Risco seria para contaminação de tipo 3, linhagem que ressurgiu no Brasil após 15 anos

Gabriella Pinheiro Gabriella Pinheiro -
Ministério da Saúde alerta para risco de epidemia de dengue em Goiás
Combate aos focos de reprodução do mosquito é ponto indispensável no combate à doença (Foto: Divulgação / SES-GO)

Uma epidemia de casos de dengue pode ocorrer em Goiás em 2024, conforme aponta um alerta emitido pelo Ministério da Saúde e pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

De acordo com as instituições, o risco é que ocorra a contaminação do tipo 3, linhagem que ressurgiu no Brasil em 2023, em São Paulo (SP) e Roraima (RR) – após 15 anos sem surtos.

No estado do Amazonas (AM), inclusive, especialistas da pasta federal já teriam emitido um alerta de que o sorotipo 3 já predomina na localidade.

Devido a esse cenário, o Governo de Goiás está reforçando algumas ações para o combate da doença, como campanha publicitária de conscientização em todas as plataformas sobre a necessidade de participação popular no combate ao vetor da doença.

O órgão também tem investido em capacitações com os profissionais de saúde sobre o manejo clínico adequado e a devida condução dos casos de dengue, no intuito de evitar o agravamento do quadro e a possibilidade de evolução para óbito.

“A dengue possui quatro sorotipos. Quando uma pessoa é infectada por um deles, automaticamente adquire imunidade para aquele tipo específico. Mas isso não impede que ela se infecte com outra linhagem, e essa reinfecção pode contribuir para um agravamento. Por isso, o alerta do ministério gera tanta preocupação”, explicou a superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), Flúvia Amorim.

Embora já existam duas vacinas contra a doença, que foram liberadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), uma delas ainda não foi incorporada ao Programa Nacional de Imunizações por questões técnicas e a outra está em análise pelo Ministério da Saúde.

“Então, até que a vacina seja liberada e incorporada, a única forma que a gente tem de controlar a doença é controlando o Aedes aegypti. E controlar o mosquito significa evitar criadouros em casa, evitar que ele nasça”, concluiu Flúvia.

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