“É uma opção pessoal de não disputar”, reitera Sandro Mabel sobre Prefeitura de Goiânia em 2024

Ex-deputado federal e presidente da FIEG é o entrevistado desta semana do '6 perguntas para'

Pedro Hara Pedro Hara -
Sandro Mabel está conversando com o governador Ronaldo Caiado. (Foto: Divulgação/FIEG)

Seja pela trajetória de sucesso como empresário ou pela atuação política, Sandro Mabel (Republicanos) é um nome bastante conhecido em Goiás.

Ao ‘6 perguntas para‘ desta semana, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (FIEG) diz que foi sondado por diferentes segmentos para disputar a Prefeitura de Goiânia neste ano, mas reitera que não o fará por “opção pessoal”.

Alguns dos fatores mencionados pelo empresário são a idade que teria ao terminar o segundo mandato à frente do Paço Municipal – pois garante que seria reeleito – e o tempo que já passou na vida pública.

Companheiro de partido do prefeito Rogério Cruz (Republicanos), Mabel pondera que o correligionário toma decisões tentando acertar, mas aponta erros: “ele não tem essa visão total de gestão”, diz.

No comando da FIEG, o empresário descreve a revolução em curso nas escolas do “Sistema S” nos últimos cinco anos.

Os investimentos na ordem de R$ 1 bilhão estão sendo utilizados para obras, modernização de laboratórios e melhoria no ensino.

6 perguntas para Sandro Mabel

1. Pesquisas qualitativas mostram que o eleitor goianiense prefere um gestor experimentado na Prefeitura. Seu nome é apontado por agentes políticos como uma pessoa que tem esse perfil. Por que você não quer ser candidato?

Sandro Mabel: As pessoas têm me abordado nesse sentido. Lideranças políticas, empresariais, pessoas na rua, de que realmente Goiânia precisa ter uma pessoa com experiência de gestão e política, o que encaixa dentro do meu perfil.

Eu tenho certeza que se eu ficar prefeito 04 anos, as pessoas irão gostar da administração e eu terei que ficar mais 04. Eu acho que é muito tempo.

Eu já tenho 65 anos, vou ter 66 se assumir a Prefeitura e vou até os 74 anos como prefeito. É uma opção pessoal de não disputar essas eleições.

2. Por que deixou de disputar cargos políticos?

SM: Eu acho que fiquei quase 30 anos em política, disputei muitas eleições e tive cinco mandatos. Para mim, eu já passei do tempo de fazer um mandato.

3. O que acha da gestão Rogério Cruz?

SM: O prefeito Rogério Cruz é uma boa pessoa, ele tenta acertar na administração dele, agora realmente é uma questão do perfil também. Ele não tem essa visão total de gestão, apesar que tem experiência também em gestão, não pública, mas tem uma experiência em gestão, e vem tentando acertar.

Isso daí é um trabalho que ele tem na cabeça dele para acertar, ele não faz um negócio para não acertar, faz para acertar. Às vezes é a escolha da equipe, é uma porção de motivos que têm dificuldade, com a própria Câmara. Veja esse financiamento que ele está precisando aí, quanta dificuldade tem colocado. Então, não é fácil ser gestor, ser político e conseguir comandar um município do tamanho de Goiânia.

4. Qual é a revolução que está ocorrendo nos colégios do ‘Sistema S’ em Goiás?

SM: Essa revolução que nós estamos fazendo aqui na educação, do Sesi e do Senai, é exatamente uma visão de gestão. Nós tínhamos 10 milhões de investimentos e tínhamos muitos gastos e nós transformamos esses gastos em investimento, fazendo gestão, economizando, otimizando a máquina como um todo e hoje nós vamos ter aí, nesses 5 anos, um bilhão de reais para investimento.

Enquanto eu teria 50 milhões, passamos a ter um bilhão. Então, com R$ 1 bilhão nós temos feito muitas obras, modificado muitos laboratórios, o nosso ensino tem crescido significativamente, sobretudo em questão das condições de nós ensinarmos os jovens que estudam dentro do Sesi e do Senai. O laboratório está cada vez melhor, só coisa moderna. Nós não temos escolas que tenham a quantidade de tecnologia que nós temos e aumentando cada vez mais com todo esse investimento.

Uma boa parte dele [dos R$ 1 bilhão] será em reforma de escolas, outra parte para escolas novas. Estamos lançando em uma super escola aqui em Goiânia, para atrair 2 mil e tantos alunos, estamos reformando várias, estamos reformando em Anápolis também, estamos lançando em Aparecida, outra em Goianésia. Já demos ordem de serviço para de Mineiros e também em Luziânia, uma escola grande em Luziânia.

Então, todos isso daí são [para da revolução] e vamos dar outras ordens de serviço ao longo desses anos, só isso vai serão quase 400 milhões de ordens de serviço e entrega de obras. [Temos] convênio com John Deere, treinamento do pessoal na área de inteligência artificial. Nossas escolas agora a partir desse ano, todas elas, a partir de 06 anos de idade quando a criança entra na nossa escola no primeiro aninho, ela já começa a aprender inteligência artificial. Nós temos vamos formar cada vez mais campeões. Essa é a nossa visão, formar alunos campeões.

O pai que coloca o filho dele numa escola do Sesi/Senai pode ter certeza absoluta que ele vai formar um aluno com a visão de empreendedorismo. Não importa se ele vai ser médico ou advogado, o que ele vai ser, ou se ele vai trabalhar na indústria, como nós queremos também, que muitos trabalhem.

Mas qualquer profissão que ele pretende fazer, ele vai aprender educação financeira, ele vai aprender empreendedorismo, ele vai aprender muita robótica, informática. Então aquele menino que quer ser médico, ele vai ser um cirurgião, a cirurgia hoje é feita com robótica.

Então quando ele chegar lá no curso dele e estiver estudando para médico, ele já sai na frente. Nossa escola é uma escola que forma não só o aluno, ela forma um cidadão, porque nós ensinamos muita disciplina. E toda essa visão de vida não só na teoria, mas é tudo como nós chamamos lá, a “hands on”, mão na massa. Essa é a escola Sesi/Senai. Em Anápolis também, nós estamos fazendo investimentos altíssimos com as nossas diversas escolas, laboratórios.

5. E na FIEG em si?

SM: Hoje o Sesi e Senai viraram uma máquina de fazer ensino cada vez melhor à população de Goiás. E onde que isso vai se diferenciar? Isso vai se diferenciar nessa mão de obra que nós vamos colocar no mercado, na área de serviço, indústria, dar competitividade às nossas empresas, nossos serviços.

6. Dos R$ 1 bilhão que a FIEG está investido em si própria, quais têm sido os resultados?

SM: Nenhuma escola tem capacidade de investir em 05 anos R$ 1 bilhão. Tudo isso vai ajudar Goiás a crescer ainda mais, porque vai ser um estado bom para se morar, com segurança, desenvolvimento, mercado e sobretudo mão de obra. A grande procura hoje quando você vai instalar uma indústria é saber se tem mão de obra qualificada no local e Goiás vai ter muita mão de obra qualificada.

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