Sindicatos de Anápolis se reúnem para cobrar respostas da gestão municipal: “tudo parado na mesa do prefeito”

Ajustes salariais, transparência nos processos da gestão e melhores condições foram algumas das reivindicações apresentadas

Samuel Leão Samuel Leão -
Mobilização dos sindicatos em Anápolis. (Foto: Samuel Leão)
Mobilização dos sindicatos em Anápolis. (Foto: Samuel Leão)

Na manhã desta terça-feira (20), um grande grupo de servidores municipais realizou uma assembleia na Prefeitura de Anápolis. Três frentes sindicais se reuniram para debater diversas reivindicações pendentes.

O Sindicato dos Professores da Rede Municipal de Ensino de Anápolis (Sinpma), Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Anápolis (Sindsaúde) e Sindicato dos Funcionários e Servidores Públicos Municipais de Anápolis (Sindianapolis) discutiram temas como a data-base, titulação e progressão de carreiras e a realização de concursos.

Outra demanda foi a transparência dos processos internos da gestão, que refletem na vida dos trabalhadores. Sem a devida publicidade, a data-base foi posta em pauta na Câmara Municipal concomitantemente com a manifestação.

Educação

“Propomos cerca de 9% de data-base, o que está abaixo da defasagem dos últimos anos, e recebemos uma contraproposta de 4%, equivalente apenas ao índice IPCA. A titulação e as progressões também estão paradas na mesa do prefeito e queremos resposta”, apontou a Presidente do Sinpma, Márcia Abdala.

A escassez de servidores na educação, com merendeiras fazendo o trabalho de faxineiras, a impossibilidade dos professores modularem de 30 para 40 horas e a falta de remuneração adequada, com acréscimo de 50% no valor das horas extras, também foram pedidos feitos em coro pelo grupo.

“A prefeitura teve um grande gasto, que era para ser investimento, com materiais didáticos e kits escolares, os quais só chegam atrasados, depois do início das aulas. Obras inacabadas, como das Escolas Municipais Miguel Pedreiro, Realino José de Oliveira, Moacir e Rodolf Mikel Ghannan também precarizam a vida dos estudantes, alguns tendo aulas remotas”, completou Márcia.

Pedidos de regularização dos aportes financeiros ao Instituto de Seguridade Social de Anápolis (ISSA), da merenda, do recesso escolar e a realização de concursos públicos, para suprir o déficit de auxiliares de educação, cuidadores, merendeiras, vigias e outros também foram registrados.

“Tivemos ainda uma infeliz situação. Os servidores da educação receberam ontem uma notificação extrajudicial apontando que a paralisação é ilegal, enviada pelo procurador do município, mas quem determina isso é um juiz de direito”, completou.

Saúde

Entre os servidores da área da saúde, ainda tramita a adequação da produtividade, cortada pela gestão, à outra forma de remuneração. Foi sinalizado que o valor seria acrescido ao adicional de insalubridade, o que ainda não foi definido. No entanto, as exigências não param por aí.

“Os agentes comunitários de saúde (ACS) e de endemias (ACE)estão sem EPI, sequer receberam capas e guarda-chuva. Temos ainda respostas pendentes, mas no momento nos somamos às demandas dos sindicatos, da data-base, titulação e progressão”, expôs também Silvia Regina, presidente do Sindsaúde.

No ato, também houve a presença da Frente Ampla em Defesa de Anápolis, que convocou uma manifestação, para expor a indignação e debater as demandas, já para o próximo sábado (24), às 9h, na praça Americano do Brasil, conhecida como Praça do Avião.

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