Especialista explica os perigos por trás da suplementação sem acompanhamento
Estudo da UFG aponta que cada vez mais praticantes de atividade física utilizam os aditivos nas rotinas de treino
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Um estudo conduzido na Faculdade de Educação Física e Dança (Fefd) da Universidade Federal de Goiás (UFG) trouxe a tona um comportamento bastante perigoso e, infelizmente, comum entre atletas e praticantes de atividade física.
A pesquisa, desenvolvida pelo mestrando Vinnycius Nunes de Oliveira, envolveu a participação de 724 triatletas amadores do sexo masculino, revelando que aproximadamente 90% deles utilizam pelo menos um tipo de suplemento na dieta.
Contudo, os dados ressaltam um fato bastante curioso: cerca de 25% dos entrevistados admitiram não terem recebido aconselhamento de um profissional sobre o uso dessa suplementação.
Em entrevista ao Portal 6, a nutricionista Thayná Fernandes Canêdo, que atua em Anápolis, afirmou que o uso desses aditivos realmente ajuda o atleta a atingir determinados objetivos, como ganho de força, recuperação pós-treino, mais energia e vários outros.
Porém, ela garantiu ser indispensável o acompanhamento de um profissional da área para que este uso não acarrete problemas ao usuário.
“Quando se faz o uso de suplementação sem orientação de um profissional, a pessoa pode estar fazendo o consumo de suplementos desnecessários, por exemplo, e até mesmo um excesso de uso, que poderá gerar uma sobrecarga no seu organismo, podendo comprometer severamente os rins e o fígado”, destacou.
“Normalmente os pacientes já chegam no consultório usando vários suplementos, inclusive alguns que nem são interessantes para o objetivo que ele queria”, exemplificou.
Ainda, não adianta simplesmente copiar a dieta e produtos de um amigo que treina ou de influencers da área, esperando obter os mesmos resultados.
“A suplementação é algo individual, ajustada junto à alimentação e o nível de atividade física da pessoa. Após verificar a rotina da pessoa, hábitos alimentares, se pratica ou não atividade física, entende-se a necessidade ou não de uso de suplementos e quais seriam mais interessantes”, finalizou.