Grupo é preso suspeito de sumir com mais de R$ 200 mil de pessoas que sonhavam com a casa própria em Goiânia

Imagem dos suspeitos foi divulgada pela Polícia Civil para que outras possíveis vítimas possam fazer denúncia

Gabriella Pinheiro Gabriella Pinheiro -
Eloísa da Silva Ceccon, Ayla Tamires Soares Cruz e Lucas Gabriel Uliano. (Foto: Divulgação/ PC)
Eloísa da Silva Ceccon, Ayla Tamires Soares Cruz e Lucas Gabriel Uliano. (Foto: Divulgação/ PC)

Se passando por uma empresa idônea, com profissionais qualificados e, principalmente, aspirando confiança, um grupo criminoso que atuava em uma sala comercial no Setor Oeste, em Goiânia, conseguiu sumir com mais de R$ 200 mil de vítimas utilizando o golpe da casa própria. O grupo foi preso pela Polícia Civil (PC) em Balneário Camboriú, em Santa Catarina (SC), e em Cuiabá, no Mato Grosso (MT). 

Até o momento, conforme a PC, três pessoas foram detidas, sendo elas: Lucas Gabriel Uliano, Ayla Tamires Soares Cruz e Eloísa da Silva Ceccon. Eles haviam saído de Goiás e foram localizados nos outros estados. 

Conforme as investigações, na prática, os suspeitos se passavam por vendedores de imóvel e enganavam as vítimas afirmando que elas haviam sido contempladas com uma carta de crédito e que, para receber o dinheiro, era necessário dar um adiantamento. Assim que pegavam o valores arbitrados, eles sumiam, deixando as pessoas sem a casa e a quantia. 

De acordo com a Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor do Estado de Goiás (DECON), 10 vítimas já foram ouvidas. Cada uma delas teve um prejuízo estimado de R$ 20 mil.  

Um dos casos aconteceu com um casal, formado por uma diarista, chamada Maria Conceição dos Anjos, e o marido dela, o cozinheiro Felipe de Souza, em abril de 2024. 

As vítimas demoraram 02 anos para conseguir juntar a quantia para dar entrada no imóvel e teria conhecido a “empresa” por meio de uma amiga que, supostamente, teria conseguido uma propriedade por meio dela. 

Assim, eles teriam entrado em contato com o comércio e deram início às negociações. Durante o processo, eles teriam recebido a informação de que foram contemplados com uma carta de crédito de R$ 250 mil e que deveriam repassar R$ 14.800 mil para poder receber. 

Eles só perceberam que haviam caído em um golpe após notarem que os vendedores estavam demorando para passar o dinheiro prometido, até que ninguém da empresa os respondeu mais. 

O casal chegou a ir até a empresa, mas descobriram que a empresa havia fechado e que outras pessoas teriam caído no mesmo golpe e que, inclusive, alguns chegaram a depositar R$ 35 mil. 

Além de Goiânia, o grupo também aplicava golpes no estado do Mato Grosso, pelo menos desde 2019, conforme a PC.

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