Cantor Leonardo é incluído em “lista suja” após denúncia de trabalho escravo em fazenda de Goiás
Identidade do artista ficará exposta por dois anos em cadastro do Ministério Público do Trabalho, após processo na Justiça
O nome do cantor sertanejo Leonardo foi incluído pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) na “lista suja’ dos empregadores que tenham submetido trabalhadores a condições análogas à escravo, nesta segunda-feira (07).
A documentação fica disponível na Agência Gov, portal de notícias do Governo Federal. Lá, é possível verificar a existência do nome “Emival Eterno da Costa”, verdadeira identidade do artista.
Conforme consta no Cadastro de Empregadores, seis funcionários estariam envolvidos no regime de trabalho semelhante a escravidão, na famosa Fazenda Talismã, localizada em Jussara (Oeste Goiano).
Ao G1, a assessoria do cantor afirmou que Leonardo não tinha conhecimento dessa situação e que o caso se refere a uma parte da propriedade cedida para um agricultor, responsável por fazer plantio de soja.
Além disso, apontou que o artista já se defendeu com todas as provas necessárias.
Lista Suja
Conforme detalhado pelo MPT, a “Lista Suja”, é atualizada semestralmente e inclui o nome dos empregadores após a conclusão do processo administrativo, sem mais possibilidade de recursos.
Assim, mesmo após a inserção no Cadastro, o nome dos contratantes permanecerá publicado por um período de dois anos.
“O empregador ou empresa que tenha praticado a contratação de trabalhadores em situação análoga à escravidão poderá firmar um acordo e ser incluído no Cadastro de Empregadores em Ajustamento de Conduta”, destaca.