Acusado de matar lutador de MMA a tiros em Goiânia vai a juri popular
Suspeito teria chegado de surpresa no trabalho da vítima e efetuado diversos disparos
Acusado de matar a tiros o lutador de MMA Paulo Henrique Biano Rodrigues, Leandro Marcos Gomes Pereira, de 27 anos, será submetido a julgamento pelo Tribunal do Júri. A decisão é do juiz da 3ª Vara dos Crimes Dolosos contra a Vida e Tribunal do Júri de Goiânia, Jesseir Coelho de Alcântara, e surgiu após o mesmo acatar o pedido do Ministério Público do Estado de Goiás.
De acordo com o magistrado, a sentença se deve à razão da materialidade do fato em desfavor do suspeito, uma vez que ela se encontra comprovada pelo laudo de exames cadavérico.
Ele também argumentou que o suposto autor teria chegado de surpresa no local de trabalho da vítima e feito diversos disparos, negando o pedido da defesa.
“vez que a materialidade do fato se encontra demonstrada e comprovada, além de existir indícios de autoria que pesam contra o denunciado, não sendo possível acolher, por ora, o pedido de impronúncia formulado pela defesa. Vislumbro a presença do recurso que dificultou a defesa da vítima, artigo 121 do Código Penal, já que o suposto autor teria chegado de surpresa ao local de trabalho da vítima, e, de imediato, teria realizado diversos disparos e empreendido fuga logo em seguida”, explicou.
Em tempo
O crime ocorreu no dia 12 de março deste ano, no Setor Vila Adélia, em Goiânia. Antes da tragédia, o denunciado se reuniu com alguns amigos e a namorada, quando a vítima, que era ex da companheira dele, tentou sair do local, mas derrubou a motocicleta de Leandro.
Após a situação, ambos iniciaram uma discussão. Motivado por ciúmes, Leandro então se identificou como sendo “Cota”, um criminoso conhecido na região, e Paulo pediu desculpas prometendo arcar com a reparação da moto e saindo do local.
Já no dia da fatalidade, a vítima estava no local do trabalho, quando foi surpreendida pelo denunciado, que estava acompanhado de um amigo, que efetuou diversos disparos de arma de fogo. Paulo foi atingido seis vezes.
Após o crime, os envolvidos fugiram do local e, posteriormente, o suspeito foi preso pela Polícia Civil (PC). Foi mantida ainda a prisão preventiva do acusado.