Freira brasileira perde cargo em mosteiro da Itália por ser “bonita demais”

Caso ganhou muita repercussão nas redes sociais e a jovem recorreu a Justiça

Anna Júlia Steckelberg Anna Júlia Steckelberg -
Freira brasileira perde cargo em mosteiro da Itália por ser “bonita demais”
(Foto: Reprodução)

Em um episódio que parece saído de um papel, a freira brasileira Aline Pereira Ghammachi foi destituída de seu cargo de madre-abadessa do Mosteiro San Giacomo di Veglia, na Itália, sob a alegação de ser “bonita demais”. Aline, natural de Macapá e formada em administração de empresas, tornou-se, em 2018, a mais jovem regente de um convento italiano aos 34 anos

A destituição ocorreu após a morte do Papa Francisco e a eleição do novo pontífice, Leão XIV. Uma carta anônima acusava Aline de maltrato e manipulação, levando a uma investigação que foi arquivada por falta de provas.

No entanto, as acusações persistiram, resultando em sua remoção do cargo sem um processo formal.

Freira brasileira perde cargo em mosteiro da Itália por ser “bonita demais”

(Foto: Reprodução)

Aline acredita que sua juventude e aparência física foram fatores determinantes para sua destituição.

Ela relata que, em uma ocasião, o fraile Mauro Giuseppe Lepori comentou publicamente que ela era “demasiado bonita para ser abadesa”, o que a deixou constrangida.

O caso gerou repercussão dentro e fora da Igreja. Várias freiras saíram em defesa de Aline, denunciando um ambiente de calúnias e tratamento injusto.

A irmã Maria Paola Dal Zotto declarou que Aline era uma pessoa séria e escrupulosa, tornando-se um ponto de referência para a comunidade.

(Foto: Reprodução)

A história de Aline chamou a atenção do produtor de cinema alemão Ruggero de Virgiliis, que expressou interesse em adaptá-la para as telas.

Ele descreveu a narrativa como “muito doce e quase de outro tempo”, destacando a força interior de Aline como elemento central para o projeto cinematográfico.

Atualmente, Aline busca justiça e um julgamento justo, enquanto o mosteiro permanece sem respostas oficiais por parte da Igreja. O caso levanta questões sobre preconceitos e a necessidade de transparência nas instituições religiosas.

(Foto: Reprodução)

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