Polêmica da academia em Anápolis: pastor se pronuncia após ser identificado por ex-aluno

Religioso argumenta que somente reproduziu o relato que foi transmitido a ele 

Samuel Leão Samuel Leão -
Aluno repreendido em academia de Anápolis por usar shortinho busca saber quem fez denúncia
Empresário rebateu críticas ao ser acusado de não usar roupas íntimas na academia. (Foto: Reprodução)

O pastor Fernando Rodrigues, identificado pelo ex-aluno alvo de uma polêmica na academia Hope Select por tecer um comentário de que ele estaria sem cueca na unidade, emitiu uma nota de esclarecimento ao Portal 6 nesta segunda-feira (07).

No relato, o religioso diz que está sofrendo intolerância e que em nenhum momento teve intenção de caluniar ou difamar qualquer indivíduo.

Entretanto, admite que parte da linguagem utilizada pode ter sido utilizada de forma inadequada, ao comentar “conheço alguém que treina lá, disse que os ovos dele estavam aparecendo“, conforme reportagem veiculada pelo Portal 6. Em contraponto, argumenta que somente reproduziu o relato que foi transmitido a ele  – ‘portanto, não houve qualquer invenção de fatos ou propagação de inverdades (“fake news”)”, complementa a nota.

Como o aluno da academia destacou o fato do comentário ter partido de um pastor, Fernando respondeu que ele haveria tentado transformar um comentário opinativo em perseguição ideológica ou religiosa, “configurando discriminação reversa e tentativa de desqualificação pessoal”.

Por fim, ele repudiou as acusações de fake news, difamação e calúnia e colocou-se à disposição para esclarecer a situação perante as autoridades e meios judiciais, pontuando também que: “reservo-me no direito de tomar as medidas legais cabíveis contra qualquer pessoa que venha a usar minha imagem, nome ou função pública para promover ataques, distorções, injúrias ou incitação ao ódio”.

Confira, a seguir, a nota na íntegra:

“Diante da repercussão causada por uma postagem feita por um rapaz nas redes sociais, me sinto no dever de esclarecer os fatos com total transparência:

Meu comentário foi baseado em relatos reais de pessoas que frequentam o estabelecimento em questão e que me transmitiram, em caráter privado, o ocorrido. A fala não teve o intuito de atacar, caluniar ou difamar qualquer indivíduo, tampouco foi direcionada a qualquer orientação sexual, identidade de gênero ou expressão pessoal (Que fique Claro).

O comentário, feito em um espaço público de debate em uma página jornalística, expressa uma opinião legítima, respaldada por informações divulgadas pela própria academia, a qual reconheceu a inadequação da vestimenta para determinados exercícios. Não houve, portanto, qualquer invenção de fatos ou propagação de inverdades (“fake news”).

O destaque dado ao meu “chamado” como pastor, em vídeo divulgado pelo rapaz em seu Instagram, usado explicitamente, para sugerir intolerância, revela uma tentativa injusta de transformar um comentário opinativo em perseguição ideológica ou religiosa, o que configura discriminação reversa e tentativa de desqualificação pessoal, lembrando que também sou da área de comunicação e empreendedor na cidade. Mas o destaque na fala do rapaz mostra nitidamente intolerância a minha pessoa, como religioso.

Reconheço que parte da linguagem utilizada, especialmente a referência inicial ao órgão genital do indivíduo, pode ter sido interpretada de forma inadequada ou exagerada, embora tenha apenas reproduzido o relato que me foi transmitido. Ainda assim, em nenhum momento houve linguagem ofensiva direcionada à pessoa envolvida de forma nominal ou pejorativa.
Diante disso, repudio veementemente qualquer acusação de Fake News, calúnia ou difamação, reiterando meu compromisso com a liberdade de expressão responsável, o respeito às diferenças e à dignidade da pessoa humana em qualquer ambiente.

Reservo-me no direito de tomar as medidas legais cabíveis contra qualquer pessoa que venha a usar minha imagem, nome ou função pública para promover ataques, distorções, injúrias ou incitação ao ódio, sobretudo quando envolvem interpretações mal-intencionadas e divulgação de conteúdo fora de contexto. Coloco-me à disposição das autoridades e, se necessário, dos meios judiciais, para esclarecimentos formais e espero que tudo seja esclarecido da melhor forma possível.

Atenciosamente, Fernando Rodrigues.”

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