ONG de Anápolis é alvo de operação da PF por desvios em convênios e falsificação de dados

Mandados de busca e apreensão foram cumpridos contra cinco dirigentes da associação e seis empresas subcontratadas

Samuel Leão Samuel Leão -
ONG de Anápolis é alvo de operação da PF por desvios em convênios e falsificação de dados
Associação Moriá. (Foto: Manoel Campos/Associação Moriá)

A Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagraram nesta terça-feira (29) a operação Korban, com o objetivo de apurar suspeitas de desvio de recursos federais relacionados à Associação Moriá e seus convênios com o Ministério do Esporte.

A investigação envolve a falsificação de dados sobre Anápolis para garantir repasses federais e suspeitas de superfaturamento, fraudes em contratos e falta de prestação de contas adequada.

Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos contra cinco dirigentes da associação e seis empresas subcontratadas, além de bloqueios de contas e o sequestro de bens avaliados em até R$ 25 milhões. Também foi determinada a suspensão de repasses federais para a Moriá, que já recebeu R$ 8 milhões, e a proibição de transferências para as empresas envolvidas.

A investigação se originou após auditoria da CGU, que detectou irregularidades em convênios que somam cerca de R$ 15 milhões, repassados entre 2023 e 2024 para a realização dos Jogos Estudantis Digitais (JEDIS).

A Moriá foi acusada de apresentar um atestado com dados falsos, alegando ter atendido 3,5 milhões de crianças e adolescentes em Anápolis em três meses, número 9 vezes superior à população da cidade. A entidade, em defesa, alegou que o número foi um erro de digitação e deveria ser 3,5 mil.

A operação segue investigando o possível uso indevido de recursos públicos para projetos de jogos eletrônicos e outras iniciativas, incluindo campanhas de combate à dengue e a realização de aulões preparatórios para o Enem.

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