Descoberto tesouro com moedas de ouro raras joias de quase 1.500 anos
Pesquisadores se depararam com um acervo impressionante que atravessou séculos em silêncio e lança novas luzes sobre a história de povos antigos esquecidos

Uma descoberta arqueológica histórica chamou atenção de especialistas e do mundo por alguns detalhes.
Isso porque pesquisadores encontraram um tesouro formado por moedas de ouro e joias com quase 1.500 anos de história, enterrado na antiga cidade de Hipos, também conhecida como Sussita, localizada nas colinas a leste do Mar da Galileia.
O acervo inclui 97 moedas de ouro puro e dezenas de fragmentos de joias, entre eles brincos com pérolas, pedras semipreciosas e peças de vidro trabalhado.
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O achado foi possível graças ao trabalho da detectora de metais Edie Lipsman, que identificou sinais entre paredes de basalto durante escavações em julho.
Descoberto tesouro com moedas de ouro raras joias de quase 1.500 anos

(Foto: Reprodução/Michael Eisenberg)
As análises dos historiadores concluíram que as moedas datam do período bizantino, entre os reinados de Justino I (518–527 d.C.) e Heráclio (610–613 d.C.).
Entre os exemplares, um tremissis cunhado em Chipre em 610 d.C. chamou atenção por sua raridade. A peça foi produzida no início da revolta de Heráclio contra o imperador Focas, evento que marcou a transição para uma nova dinastia bizantina.
Para os arqueólogos, a presença das joias ao lado das moedas indica que o tesouro não pertencia a instituições religiosas, mas sim a uma família rica ou a um ourives da época.
A hipótese é de que o acervo tenha sido enterrado durante a invasão do Império Sassânida, em 614 d.C., quando moradores de cidades cristãs escondiam bens diante do avanço inimigo.
Apesar de Hipos ter retomado o controle bizantino anos depois, a cidade acabou definitivamente abandonada em 749 d.C., após um terremoto devastador. O tesouro, entretanto, resistiu intacto até os dias atuais.
“Este é um achado puramente bizantino, que amplia a compreensão sobre a economia e a política daquele tempo”, afirmou o arqueólogo Michael Eisenberg, da Universidade de Haifa.
As peças agora passam por análise detalhada, com leitura das inscrições e catalogação completa, antes de eventual exposição em museus.
Para os estudiosos, além do valor histórico e material, a descoberta revela práticas culturais e sociais da época. Um fragmento de história que, por séculos escondido, volta agora à superfície para contar novos capítulos do passado.
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