O verdadeiro significado por trás de nomes como “Amanda”, “Felipe” e “Juliana”
Eles carregam passado, mito e poesia em cada sílaba

Desde os tempos em que a linguagem ainda ganhava contornos humanos, quando tribos e povos precisavam nomear filhos, deuses e reis, cada som carregava sentido.
Dar nome era moldar identidade, e muitos dos nomes que usamos hoje remontam a raízes tão antigas quanto impérios que se perderam nas areias do tempo. Neste cenário, pensar no significado de “Amanda”, “Felipe” ou “Juliana” é mais do que curiosidade: é abrir uma porta para o passado que vive em cada ser.
O verdadeiro significado por trás de nomes como “Amanda”, “Felipe” e “Juliana”
Amanda, por exemplo, vem do latim amandus, gerúndio de “amar”, e significa literalmente “aquela que deve ser amada” ou “digna de amor”.
Há registros medievais em Inglaterra já no ano de 1212 (Warwickshire) com esse nome, e sua difusão se consolidou nos séculos seguintes, especialmente por via literária.
No Brasil, Amanda figurou com força entre os nomes femininos “queridinhos” dos anos 1980 e 1990, segundo estatísticas de registros civis.
Felipe, por sua vez, já carrega um ar de aventura embutido nas raízes. Derivado do grego Philippos — junção de phílos (“amigo”) + híppos (“cavalo”) — significa “amigo dos cavalos” ou, segundo interpretações estendidas, “aquele que ama a guerra”.
Na Grécia Antiga, possuir cavalos simbolizava poder e status, razão pela qual o nome encontrou espaço entre famílias influentes.
Sua propagação pela Europa se estreitou com figuras reais, santos e monarcas que adotaram essa grafia latinizada (Philippus).
Já Juliana carrega um ar de juventude e pertencimento. Vem do latim Iulianus, que deriva de Julius — o nome romano da gens Júlia, da qual Júlio César era herdeiro simbólico.
Juliana pode, assim, significar “da família de Júlio” ou “jovem, jovial”.
Existe ainda uma vertente que associa Juliana a características como “aquela que tem cabelos negros” ou “filha de Júpiter”, embora esses sentidos sejam posteriores e especulativos.
A beleza desses nomes não está apenas nos significados literais, mas na fusão entre história, som e identidade. Amanda carrega um apelo afetivo profundo; Felipe evoca força, amizade e liberdade; Juliana remete à juventude e à linhagem. Muitas vezes, quem carrega esses nomes sente (inconscientemente) afinidades com essas ideias — ou escolhe um nome porque deseja conferir ao filho esse tipo de aura.
Em tempos contemporâneos, pais investigam menos latim ou grego, mas mantêm o desejo de escolher algo que “soa bem e tenha sentido”. Mesmo sem consultar dicionários antigos, acabamos perpetuando essas raízes milenares. Afinal, batizar é, no fundo, uma forma de diálogo entre passado e futuro — de dizer: “que nome carrega sua alma, e que história ele há-de contar”.
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