Quanto custa blindar um carro no Brasil e o que um motorista precisa saber antes de dar esse passo

Descubra os custos reais e cuidados essenciais antes de blindar, afinal, nem tudo é só proteção

Anna Júlia Steckelberg Anna Júlia Steckelberg -
Quanto custa blindar um carro no Brasil e o que um motorista precisa saber antes de dar esse passo
(Foto: Divulgação)

Desde o início do século XX, o desejo por segurança dentro do carro acompanhou avanços tecnológicos e crises sociais: da lataria simples às blindagens modernas, o processo evoluiu junto com armas mais potentes, rotas perigosas e birras do destino.

Hoje, blindar um carro é mais do que luxo de novela da TV, para muitos motoristas, virou necessidade. Mas quanto isso custa de verdade no Brasil, e quais armadilhas evitar antes de tomar essa decisão?

Quanto custa blindar um carro no Brasil e o que um motorista precisa saber antes de dar esse passo

O valor para blindar um veículo depende de variáveis tão decisivas quanto o tipo de estrada que você enfrenta no caminho do trabalho. Segundo dados da Abrablin, o nível de proteção mais utilizado no mercado civil é o III-A, que resiste a disparos de pistolas como a 9 mm.

Já para esse nível, valores em 2025 variam entre R$ 70 mil e R$ 100 mil para carros de porte médio, como sedans ou SUVs populares.

Para carros com muitos acessórios ou modelos de luxo, esse custo pode saltar para R$ 130 mil a R$ 150 mil ou mais.

Há blindagens mais “levezinhas”: níveis I, II ou II-A, que protegem contra calibres menores ou agressões menos severas. Os preços dessas camadas iniciais podem começar em torno de R$ 25 mil a R$ 50 mil para veículos populares.

Mas o custo monetário é só parte da história. Blindar significa mexer com peso, desempenho e manutenção. Segundo reportagem da Autoesporte, acrescentar blindagem pode aumentar o peso do veículo em cerca de 150 kg — mais, se for muito grande ou se tiver muitos vidros.

Esse peso extra pode afetar consumo de combustível, desgaste de freios, molas e suspensão.

Além disso: a blindadora precisa ser credenciada pelo Exército Brasileiro; o serviço exige autorização prévia do órgão; depois do serviço, há necessidade de vistoria e de homologação junto ao Detran para registrar a alteração no documento do veículo.

A manutenção tende a ser mais cara, vidros balísticos, por exemplo, são significativamente mais caros que os comuns.

Então, antes de decidir blindar:

  • pesquise blindadoras confiáveis, certificadas e com boas referências,
  • verifique qual nível de proteção realmente precisa (não adianta “super blinda” se o risco não justifica)
  • avalie se seu carro e motor vão suportar o acréscimo de peso sem comprometer segurança passiva ou ativa
  • considere custos contínuos como seguro, manutenção especializada, perda de desempenho.

Blindar certamente aumenta sua segurança, mas é um investimento que exige planejamento financeiro e técnico. Se feito com cuidado, pode valer cada real; do contrário, pode transformar proteção em dor de cabeça.

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Anna Júlia Steckelberg

Anna Júlia Steckelberg

Jornalista formada pela Universidade Federal de Goiás. Colabora com Portal 6 desde 2021.

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