Pouca gente sabe, mas essa fruta de quintal tem compostos poderosos que podem substituir os dos suplementos
Ela, quase esquecida, pode guardar poderosos componentes nutricionais e dispensar o “frasquinho” da prateleira

O quintal de casa, onde antes ficava espaço para um pé de alface ou algumas mudas de erva-doce, pode revelar um verdadeiro tesouro em forma de fruta: a pitanga.
Essa pequena joia nativa da Mata Atlântica, cultivada em diversas regiões brasileiras, esbanja sabor agridoce e aroma marcante.
Mas o que muitos não sabem é que, além de delícia, ela traz compostos bioativos — antioxidantes, anti-inflamatórios, vitaminas e mais — que costumam estar concentrados em suplementos caros.
A pitanga, portanto, pode ser aquela alternativa natural que entra no lugar de cápsulas e pós, segundo levantamento do Ministério da Saúde.
A botânica põe nome na espécie: Eugenia uniflora. De acordo com a documentação técnica, o fruto contém compostos como flavonoides (miricitrina, quercetina), taninos, carotenoides – como beta-caroteno, licopeno – e minerais como cálcio e fósforo.
Em termos práticos, essa composição oferece efeitos que vão além da função alimentar de horas: o consumo regular contribui para o sistema imunológico, para o combate aos radicais livres e para uma digestão mais harmoniosa.
Por que “substituir suplementos”? Porque muitos dos nutrientes presentes na pitanga — por exemplo, os carotenoides e os polifenóis — são os mesmos que as pessoas procuram em cápsulas antioxidantes.
O estudo da Embrapa mostra que a pitanga é, entre as frutas brasileiras, uma das mais ricas em licopeno (76 µg/G em amostras de São Paulo) — um dado significativo por si só.
E como trazer essa fruta para o dia a dia?
In natura, a pitanga já cumpre bem o papel. Mas vale também transformar em sucos, geleias, sorvetes ou adicioná-la em saladas. A versatilidade tem vantagem dupla: você consome o sabor e aproveita os benefícios.
Além disso, o cultivo da pitangueira é relativamente simples: planta rústica, clima quente e solo bem drenado são suficientes para que ela floresça em quintal, mesmo em vaso.
Claro: consumir a pitanga não substitui acompanhamento médico ou nutricional, especialmente se houver deficiências específicas diagnosticadas.
Mas a notícia é boa: aquele pé de fruta que você vê ali no canto pode trazer muito mais do que cor e sabor para o prato — pode trazer nutrição de alto nível. E, de quebra, deixar o suplemento na prateleira.
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