Fruta que reduz açúcar no sangue, queima gordura e absorve colesterol: conheça os benefícios da lichia
Apesar de exótica, ela possui um poder surpreendente para o metabolismo e a saúde do coração

Quando a lichia — pequenininha, vermelha por fora e translúcida por dentro — aparece no mercado, poucos imaginam que sob sua casca rasteira há muito mais do que sabor doce: há uma aliada potente para o equilíbrio do corpo.
Muito além de uma tentação de verão, essa fruta traz compostos que, segundo estudos, ajudam a regular o açúcar no sangue, facilitar a queima de gordura e até reduzir a absorção do colesterol “ruim”.
A história por trás da fruta e seus segredos metabólicos
Originária da China, a lichia (ou Litchi chinensis) ganhou o mundo por seu aroma delicado e textura suculenta. No Brasil, é mais colhida entre dezembro e janeiro.
Apesar de parecer frágil, ela concentra em 100 gramas cerca de 66 calorias — boa parte vinda de água — e uma variedade de micronutrientes importantes.
Do ponto de vista bioquímico, seu grande trunfo está nos polifenóis. Substâncias como o oligonol, encontradas na lichia, têm sido associadas à regulação da glicose e à redução da resistência à insulina.
Além disso, a fruta contém hipoglicina, que pode interferir no metabolismo do açúcar — uma característica que exige cuidado para quem consome em jejum ou já tem glicose baixa.
Esses compostos, segundo especialistas citados pela UOL VivaBem, tornam a lichia um complemento interessante para a dieta, mas não substituem tratamento médico.
Na verdade, especialistas alertam que não há evidências de que a fruta cure ou controle a diabetes por si só: a maioria das pesquisas com oligonol foi feita em animais, e a polpa da fruta normalmente consumida não contém esse composto em doses terapêuticas.
Porque a lichia pode “sugar” açúcar e ajudar a queimar gordura
- Controle glicêmico: Como dito, os polifenóis como o oligonol modulam o metabolismo da glicose e ajudam a reduzir a resistência à insulina.
- Queima de gordura: A lichia tem poucos carboidratos simples, bastante água e fibras, fatores que favorecem a saciedade e incentivam a queima da gordura abdominal, segundo médicos nutrólogos.
- Colesterol: Compostos antioxidantes — como proantocianidinas, epicatequina e rutina —, juntamente com fibras, podem diminuir a absorção do LDL (“colesterol ruim”), colaborando para um perfil lipídico mais saudável.
Além disso, o potássio presente na fruta (cerca de 171 mg por 100 g) ajuda a equilibrar a pressão arterial, ao combater os efeitos do sódio.
Combinados, esses benefícios fazem da lichia uma aliada de quem busca saúde cardiovascular e bem-estar metabólico.
Cuidados e contraindicações
Nem tudo são flores: consumir lichia em jejum pode ser arriscado. A hipoglicina citada anteriormente pode provocar queda acentuada de açúcar, especialmente em pessoas vulneráveis, segundo a UOL.
Além disso, embora a fruta tenha compostos promissores, não há estudos clinicamente robustos que comprovem que ela por si só controle a diabetes — conforme alertam especialistas checados pela Reuters.
Por isso, se a ideia é usar a lichia como parte de um estilo de vida mais saudável, o ideal é consumi-la com moderação e dentro de uma dieta equilibrada, sem contar exclusivamente com seus efeitos para tratar problemas de saúde graves.
A lichia vai muito além de uma fruta bonita e saborosa: é um pequeno tesouro bioativo que pode apoiar a regulação do açúcar no sangue, estimular a queima de gordura e ajudar no controle do colesterol ruim.
Porém, como todo alimento funcional, ela traz limites — seus compostos não substituem medicamentos e seu consumo exige cautela, especialmente em jejum.
Para tirar o máximo proveito, o melhor é integrá-la a uma alimentação saudável e, se houver condições médicas envolvidas, conversar com um profissional.
Se você nunca experimentou, vale aproveitar a safra e descobrir uma forma prazerosa de incluir essa fruta curiosa no seu cardápio — e cuidar do corpo com sabor.
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