As ondas gigantes que surgem nos rios da Amazônia em determinadas luas e já levaram surfistas do mundo inteiro ao Pará
Um fenômeno raro reúne surfistas de vários países no interior do Pará para enfrentar uma onda que nasce no rio e não no mar

As ondas gigantes que surgem nos rios da Amazônia chamam atenção há décadas e se tornaram um dos fenômenos naturais mais impressionantes do país.
A pororoca, como é conhecida, aparece quando a força da maré empurra as águas do oceano para dentro dos rios, criando ondas contínuas que podem avançar por vários quilômetros.
Esse espetáculo, que depende da fase da lua, transformou cidades paraenses em destino de surfistas que buscam desafios extremos.
O fenômeno que depende da lua
A pororoca acontece principalmente nas luas nova e cheia. Nessas fases, a atração gravitacional intensifica o movimento das marés, que ficam mais fortes e se chocam com o fluxo dos rios.
Esse encontro cria ondas longas, poderosas e diferentes de qualquer outra formação do surf tradicional. Além disso, o fenômeno pode durar vários minutos, algo que não ocorre em ondas oceânicas comuns.
Por que o Pará se tornou ponto de referência
Apesar de ocorrer em diferentes regiões da Amazônia, o Pará reúne algumas das pororocas mais famosas. Rios como o Guamá, Araguari e estuários próximos à costa se transformam em verdadeiros corredores de água.
A combinação de profundidade, largura e impacto da maré cria ondas particularmente estáveis, o que atrai surfistas profissionais e aventureiros de vários países. Por isso, o estado virou referência no cenário internacional.
O desafio que atrai surfistas do mundo todo
Surfistas que visitam a região destacam que surfar a pororoca exige técnica e preparo físico. A onda não quebra como no mar; ela empurra tudo com força contínua.
Além disso, a velocidade imprevisível, os redemoinhos e a presença de galhos na água tornam a experiência ainda mais intensa. Por isso, muitos atletas consideram o surf na pororoca um dos maiores desafios que se pode enfrentar fora do oceano.
Como as cidades se adaptaram ao fenômeno
Nos últimos anos, comunidades ribeirinhas e municípios paraenses desenvolveram eventos, campeonatos e estruturas para receber turistas.
Além do surf, a pororoca virou atração fotográfica e despertou o interesse de pesquisadores que estudam a dinâmica das marés. Esse movimento também fortaleceu o turismo ecológico, já que visitantes buscam conhecer tanto a onda quanto o ambiente amazônico ao redor.
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