Entenda por que os supermercados podem passar a pagar melhores salários a partir de 2026
Escassez estrutural de mão de obra, desgaste das escalas tradicionais e mudança no perfil dos trabalhadores pressionam o setor a rever remuneração e condições de trabalho

O setor supermercadista brasileiro começa a enfrentar um problema que deixou de ser pontual e passou a ser estrutural: a dificuldade real de encontrar trabalhadores dispostos a ocupar funções operacionais básicas, mesmo com vagas abertas em praticamente todas as regiões do país.
Caixas, repositores, açougueiros, padeiros e operadores de estoque estão cada vez mais raros no mercado. Não por falta de pessoas, mas por falta de interesse nesse tipo de trabalho, que combina esforço físico, rotina intensa, cobrança constante e escalas pouco atrativas.
O modelo tradicional de supermercados ainda é baseado em jornadas extensas, trabalho frequente aos fins de semana, feriados e poucas folgas consecutivas. Esse formato entrou em choque com uma nova lógica de mercado de trabalho, especialmente entre jovens e trabalhadores que passaram pela pandemia.
Hoje, muitos preferem atividades informais, aplicativos, serviços autônomos ou setores que oferecem horários mais flexíveis, mesmo com renda variável. Isso esvazia o interesse por empregos fixos, mas com pouca margem de negociação sobre jornada e descanso.
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