Não é só pelo cheiro: o motivo real pelo qual o café coado é melhor que o de cápsula
Além do aroma, método tradicional preserva compostos do grão, entrega mais sabor e reduz impactos no consumo diário

O café faz parte da rotina de milhões de brasileiros e, nos últimos anos, o avanço das máquinas de cápsula prometeu praticidade e rapidez. Ainda assim, muita gente segue fiel ao café coado, preparado no filtro de papel ou pano, mesmo com mais etapas no preparo.
A preferência não se explica apenas pelo cheiro que se espalha pela casa. Existe um motivo real, ligado à extração, ao sabor e até à composição da bebida, que ajuda a entender por que o café coado costuma ser considerado melhor.
Não é só pelo cheiro: o motivo real pelo qual o café coado é melhor que o de cápsula
A principal diferença está na forma de extração. No café coado, a água quente passa lentamente pelo pó, extraindo óleos, açúcares e compostos aromáticos de maneira mais equilibrada. Esse processo valoriza as características naturais do grão e permite maior controle do preparo.
Já o café de cápsula funciona sob alta pressão e tempo muito curto. Embora isso gere praticidade, também resulta em uma bebida mais padronizada, com menor complexidade de sabor e aroma.
Outro ponto importante é o contato com o oxigênio. No café coado, o pó é moído e utilizado na hora, o que preserva melhor os compostos voláteis responsáveis pelo sabor. Nas cápsulas, mesmo com vedação, o café já passou por moagem e armazenamento prolongado, o que afeta o perfil sensorial.
Além disso, o filtro de papel retém parte dos óleos mais pesados do café. Isso deixa a bebida mais limpa, suave e menos amarga para muitos paladares, enquanto as cápsulas tendem a entregar um café mais intenso e uniforme.
Há também a questão do ritmo de consumo. O preparo do café coado costuma ser mais cuidadoso, o que influencia a percepção do sabor. O café deixa de ser apenas um produto rápido e passa a ser uma experiência.
Por isso, quando se compara café coado e café de cápsula, o resultado vai além da nostalgia ou do aroma. O método tradicional entrega mais controle, mais complexidade e um sabor que reflete melhor a qualidade do grão.
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