Márcio Corrêa manda demitir médicos que não estavam indo trabalhar e encaminha denúncias ao Ministério Público
Processos apontam abandono de cargo, faltas por meses, denúncias de assédio sexual e determinação para devolução de salários pagos sem prestação de serviço

O prefeito de Anápolis, Márcio Corrêa (PL), determinou a demissão de servidores da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), a maioria médicos, após a conclusão de processos administrativos que identificaram abandono de cargo, ausência injustificada e outras condutas consideradas graves dentro da rede municipal.
As decisões, publicadas na última edição do Diário Oficial, mostram casos em que profissionais simplesmente deixaram de comparecer ao trabalho, permanecendo meses, e até anos, sem cumprir a jornada, mesmo continuando vinculados ao serviço público.
Em pelo menos quatro processos, ficou comprovado que os servidores não retornaram às funções após licenças ou afastamentos, não apresentaram justificativas aceitas pela administração e ignoraram notificações formais, o que levou à demissão por abandono de cargo.
Além das faltas prolongadas, alguns processos também tratam de condutas mais sensíveis, incluindo denúncias de assédio sexual, acúmulo irregular de cargos e comportamento incompatível com a função pública.
Em um desses casos, a Prefeitura de Anápolis determinou o envio do processo ao Ministério Público de Goiás (MPGO), para que os fatos sejam apurados na esfera criminal.
Há ainda situação em que a administração municipal determinou o levantamento do prejuízo causado aos cofres públicos, com ordem para que o servidor seja notificado a devolver valores recebidos sem a devida prestação do serviço, caso seja confirmada a irregularidade.
Segundo o prefeito Márcio Corrêa, todas as apurações garantiram direito de defesa aos servidores, mas as decisões refletem uma postura rígida da gestão diante de irregularidades, especialmente na área da saúde.
“Quem não trabalha não pode continuar recebendo salário público. A saúde é prioridade, e a população não pode pagar pela ausência de profissionais que deixam de cumprir sua função”, destacou ao Portal 6.
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