A descoberta arqueológica do ano que deixou cientistas sem palavras: as múmias mais antigas do mundo foram preservadas com um método único
Ela apareceu em um local inesperado e obrigou pesquisadores a repensar tudo o que se sabia sobre a preservação do corpo humano

A descoberta arqueológica que surpreendeu cientistas neste ano não surgiu no Egito nem em regiões tradicionalmente ligadas às grandes civilizações antigas.
Pelo contrário, ela apareceu em um local inesperado e obrigou pesquisadores a repensar tudo o que se sabia sobre a preservação do corpo humano.
Desde então, o achado passou a ser tratado como um divisor de águas na arqueologia mundial.
Normalmente, quando pensamos em múmias, lembramos do Antigo Egito e de seus rituais elaborados.
No entanto, essa descoberta arqueológica mostrou que a mumificação começou muito antes e em contextos completamente diferentes, revelando práticas sofisticadas em sociedades pré-históricas pouco conhecidas.
Onde os pesquisadores encontraram as múmias
Pesquisadores localizaram as múmias mais antigas do mundo em Papúa Nova Guiné, uma região raramente associada a esse tipo de prática.
Em setembro deste ano, uma equipe da Australian National University apresentou os resultados de um estudo realizado em 11 sítios arqueológicos do sudeste asiático.
Os restos humanos analisados têm mais de 12 mil anos. Esse dado, por si só, já quebra todos os recordes conhecidos.
Por isso, a descoberta arqueológica rapidamente ganhou destaque internacional e chamou a atenção da comunidade científica.
Por que esse achado surpreendeu tanto
O impacto vai muito além da idade das múmias. Essa descoberta arqueológica também desloca o foco tradicional da história, que costuma concentrar os rituais de mumificação na região do Mediterrâneo.
Ao revelar práticas semelhantes no sudeste asiático, o estudo amplia a compreensão sobre a diversidade cultural dos povos antigos.
Justamente por isso, a revista National Geographic classificou o estudo como o “hallazgo arqueológico do ano”.
Segundo a publicação, o achado oferece informações fundamentais sobre práticas funerárias e desafia narrativas históricas consolidadas.
Um método de preservação fora do comum
Além da antiguidade, o método usado para conservar os corpos chamou ainda mais atenção.
Em vez de remover órgãos ou usar substâncias químicas, como no Egito, essas comunidades recorreram à desidratação por fumaça.
Nesse processo, as pessoas expunham os corpos ao fumo de forma controlada.
Assim, conseguiam retirar a umidade gradualmente e preservar os tecidos mesmo em ambientes quentes e úmidos.
Dessa forma, a descoberta arqueológica acrescenta uma técnica inédita ao conjunto de métodos funerários conhecidos.
O que isso revela sobre sociedades antigas
Embora arqueólogos já tenham identificado sinais de uso de fumaça em outras regiões, como no deserto do Atacama, no Chile, o caso de Papúa Nova Guiné é o mais antigo já documentado.
Nos corpos analisados, os cientistas encontraram depósitos de carbono na pele e nos tecidos, o que confirma a exposição prolongada ao fumo.
Com isso, a descoberta arqueológica destaca a criatividade e a capacidade de adaptação das sociedades pré-históricas.
Mesmo separadas por grandes distâncias, diferentes culturas buscaram soluções próprias para preservar seus mortos.
Um impacto profundo na arqueologia mundial
Com a nova datação, as múmias de Papúa Nova Guiné superam as da cultura Chinchorro, com cerca de 7 mil anos, e as egípcias, com aproximadamente 4.500 anos.
Assim, passam a ocupar o posto de registro mais antigo de mumificação já encontrado.
Esse novo cenário obriga os pesquisadores a reverem teorias tradicionais e a analisarem com mais cuidado a relação entre ambiente, tradição e inovação tecnológica.
Mais do que um achado isolado, essa descoberta arqueológica redefine o entendimento global sobre práticas funerárias antigas.
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