A cidade que nasceu muito rica, faliu e agora busca se reinventar para voltar aos “anos dourados”
Manaus viveu um dos maiores ciclos de riqueza do Brasil, enfrentou um colapso histórico e hoje tenta recuperar protagonismo econômico e cultural

Manaus, capital do Amazonas, carrega uma trajetória rara no país. A cidade nasceu cercada de riqueza natural e, por isso, viveu um auge econômico impressionante no fim do século XIX.
Naquele período, o Ciclo da Borracha transformou Manaus em uma das cidades mais ricas do mundo.
Na época, a cidade ganhou infraestrutura luxuosa, costumes europeus e obras que ainda hoje impressionam. O Teatro Amazonas, inaugurado em 1896, virou o maior símbolo desse período. Além disso, Manaus passou a ser chamada de “Paris dos Trópicos”.
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No entanto, a prosperidade durou pouco. Quando sementes de seringueira foram levadas para a Ásia, a produção de borracha se tornou mais barata fora do Brasil. Como resultado, o preço despencou e a economia local entrou em colapso.
A cidade, então, enfrentou décadas de estagnação. O luxo desapareceu, investimentos sumiram e Manaus perdeu relevância econômica. Ainda assim, a virada começou a ser desenhada nos anos 1960.
Nesse período, o governo federal criou a Zona Franca de Manaus. Com incentivos fiscais, a região passou a atrair indústrias de eletrônicos, motocicletas e tecnologia. Dessa forma, a cidade voltou a gerar empregos e crescimento.
Atualmente, Manaus se sustenta como um dos principais polos industriais do país. Ao mesmo tempo, busca diversificar sua economia. O turismo, por exemplo, ganhou espaço nos últimos anos.
Além disso, projetos de revitalização do Centro Histórico e da orla do Rio Negro tentam resgatar a identidade cultural da cidade. A proposta é clara: unir passado, natureza e desenvolvimento urbano.
Por outro lado, os desafios continuam grandes. O custo logístico elevado, a dependência do modelo industrial e as pressões ambientais exigem soluções rápidas e eficientes.
Ainda assim, Manaus aposta em inovação, economia verde e turismo sustentável. Com isso, tenta escrever um novo capítulo da própria história.
Assim, a cidade que já foi símbolo de riqueza extrema e também de decadência econômica busca, mais uma vez, se reinventar. Agora, o objetivo é voltar aos “anos dourados”, mas com um modelo mais equilibrado e preparado para o futuro.
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