Pesquisa revela que a senha mais usada nas redes sociais pela geração Z traz um resultado preocupante

Levantamento aponta contradição entre familiaridade com a internet e cuidados básicos com proteção de dados

Pedro Ribeiro Pedro Ribeiro -
Pesquisa revela que a senha mais usada nas redes sociais pela geração Z traz um resultado preocupante
(Foto: Reprodução/Pexels)

A geração Z cresceu cercada por tecnologia, redes sociais e acesso constante à internet.

Ainda assim, um novo levantamento mostra que a geração Z adota práticas arriscadas quando o assunto é segurança digital, especialmente na hora de criar senhas para contas online.

O dado chama atenção porque revela uma contradição preocupante entre familiaridade com o mundo digital e cuidados básicos com proteção de dados.

O estudo analisou informações de vazamentos recentes e acervos da dark web, reunindo dados entre setembro de 2024 e setembro de 2025.

A partir disso, especialistas conseguiram mapear os hábitos mais comuns na escolha de senhas e entender por que a geração Z pode estar mais vulnerável do que imagina.

As senhas mais usadas pela geração Z

De acordo com levantamentos da NordPass e da Comparitech, a senha mais utilizada pela geração Z continua sendo a sequência numérica “12345”.

Logo em seguida aparecem variações igualmente frágeis, como “123456”, “12345678” e “123456789”.

Além disso, termos óbvios também figuram no topo da lista.

A palavra “password”, que nada mais é do que “senha” em inglês, segue sendo amplamente usada.

Esse padrão facilita ataques automatizados e torna as contas alvos fáceis para criminosos digitais.

Por que esse comportamento preocupa especialistas

Apesar de estar constantemente online, a geração Z tende a priorizar a facilidade de memorização em vez da segurança.

Para analistas da área, esse hábito reduz drasticamente a proteção de dados pessoais, fotos, mensagens e até informações bancárias.

Pesquisadores de segurança alertam que senhas simples permitem invasões rápidas, muitas vezes sem que o usuário perceba.

Em poucos segundos, um ataque pode resultar em roubo de identidade, golpes financeiros ou exposição de dados sensíveis.

O problema não afeta só a geração Z

Embora a geração Z esteja no centro do alerta, o estudo mostra que outras faixas etárias também cometem erros semelhantes.

Cerca de 25% das mil senhas mais comuns analisadas usam apenas sequências numéricas simples.

Entre Millennials, Geração X e Baby Boomers, a senha mais frequente ainda é “123456”.

No entanto, surgem variações como “1234qwer” entre adultos mais jovens e nomes próprios, como “maria”, entre pessoas mais velhas.

Ou seja, o risco é generalizado, mas se torna mais preocupante entre quem passa mais tempo conectado.

O impacto real de uma senha fraca

Uma senha fraca não representa apenas um descuido pontual. Na prática, ela pode abrir caminho para invasões em cadeia, já que muitas pessoas reutilizam a mesma combinação em várias plataformas.

Quando isso acontece, um único vazamento pode comprometer redes sociais, e-mails, aplicativos bancários e até contas de trabalho.

Por isso, especialistas reforçam que pequenas mudanças de hábito fazem grande diferença na proteção digital.

Como criar senhas mais fortes e seguras

Diante desse cenário, a principal recomendação é investir em senhas longas e variadas.

Misturar letras maiúsculas e minúsculas, números e símbolos especiais dificulta ataques automatizados.

Além disso, vale evitar reutilizar a mesma senha em diferentes serviços.

Sempre que possível, o uso de um gerenciador de senhas ajuda a armazenar combinações fortes de forma segura, sem depender da memória.

Por fim, desenvolver consciência digital é essencial. A geração Z domina a tecnologia como poucas gerações antes dela, mas precisa transformar esse domínio em hábitos mais seguros para reduzir riscos no ambiente online.

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Pedro Ribeiro

Pedro Ribeiro

Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás. Colabora com o Portal 6 desde 2022, atuando principalmente nas editorias de Comportamento, Utilidade Pública e temas que dialogam diretamente com o cotidiano da população.

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