Anápolis estará enquadrada nos termos do decreto de Bolsonaro para posse de armas
Decreto manterá algumas obrigatoriedades e também cita cuidado com crianças, adolescentes e deficientes mentais
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) deve assinar em breve o decreto que vai flexibilizar a posse de arma no Brasil.
O documento, que está passando por uma última revisão, beneficiará moradores de áreas rurais, agentes públicos de segurança, donos de estabelecimentos comerciais, colecionadores, policiais e moradores de área urbana com mais de dez homicídios a cada 100 mil habitantes.
Dados do IBGE de 2018 apontam que Anápolis tem cerca de 381 mil habitantes e, por isso, se enquadra nas exigências estipuladas pelo presidente no decreto, pois registrou no último ano, segundo a Polícia Civil de Goiás, 117 assassinatos.
O texto também também prevê uma declaração de necessidade para a posse, sendo que cada pessoa poderá ter em casa ou estabelecimento duas armas. Ele não envolve o porte, que permite uma pessoa andar armada na rua.
Residências que tenham crianças, adolescentes ou pessoas com deficiência mental, precisará de um cofre para o armazenamento adequado da arma. O prazo de validade da autorização de posse ainda deverá subir de cinco para dez anos.
Algumas exigências continuarão obrigatórias, assim como no decreto assinado pelo ex-presidente Lula em janeiro de 2004, como a idade mínima de 25 anos, exame psicológico, curso de tiro e inexistência de antecedentes criminais.
Em tempo
Uma grande expectativa também é gerada na área econômica do país, pois o texto já está alavancando as ações preferenciais da fábrica de armas brasileira Forja Taurus.
Esse destaque começou junto com as discussões sobre a regulamentação da posse, mas apenas nestes primeiros dias de 2019, a empresa acumulou uma valorização de 89,88%. Os dados são do gerente de relacionamento institucional da consultoria Economatica, Einar Rivero.