Anápolis não corre o risco de ficar sem água na estiagem, reafirma Saneago

Transposição de rio e escavação de poços artesianos em regiões altas garantem que a cidade não sofra uma nova crise hídrica

Danilo Boaventura Danilo Boaventura -
Anápolis não corre o risco de ficar sem água na estiagem, reafirma Saneago
(Foto: Reprodução)

Atualizado às 15h20 com correção de informações

Relatório da Saneago solicitado pelo Ministério Público de Goiás detalha quais serão as cidades do estado, e até bairros, que poderão sofrer com desabastecimento durante o período mais severo da estiagem no segundo semestre deste ano.

Recebido pelo órgão no último dia 20 de junho, o documento cita 67 municípios com alerta para estiagem.

Ao Portal 6, no entanto, a estatal afirmou em nota que a população pode ficar tranquila, pois a situação dos mananciais e reservatórios está sob monitorada e ações estão sendo promovidas para garantir a regularidade no serviço, como, por exemplo, a já concluída transposição do Capivari para o Piancó.

Juntamente com a transposição de rios foram realizadas pela Saneago escavações de poços artesianos em bairros que ficam nas regiões altas da cidade. Essas e outras medidas emergenciais garantem, segundo a companhia, que neste ano Anápolis não sofrerá nenhuma crise hídrica.

Tais medidas são comemoradas pelo prefeito Roberto Naves (PTB), que antes mesmo de assumir o cargo pressionou a estatal e o Governo de Goiás a realizarem investimentos de curto, médio e longo prazo no abastecimento local.

Roberto Naves durante inauguração da transposição do Capivari para o Piancó. À esquerda, o presidente da Saneago Jalles Fontoura. (Foto Divulgação)

Atualmente, técnicos nomeados por Roberto Naves trabalham junto com a Câmara Municipal na versão final de um contrato em que a Prefeitura fica como a gestora do serviço de água e esgoto e a Saneago apenas como concessionária prestadora.

“Agora, nós vamos avançar em cima de um novo contrato, de tal forma que a Prefeitura passa a ter a gestão da água com investimento de R$ 120 milhões para que a gente possa não possa estar nessa lista e garantir recursos hídricos [para a cidade] para os próximos 30 anos”, comentou o prefeito à reportagem do Portal 6.

Esses recursos, obtidos a partir de um convênio com a Caixa Econômica Federal, servirão para construir um reservatório maior, universalizar o acesso ao esgoto e modernizar a atual infraestrutura subterrânea da cidade.

Veja a nota da Saneago na íntegra

A Saneago informa que, no momento, não existe risco de desabastecimento de água tratada em Goiás. A Companhia monitora, atentamente, a situação dos mananciais e reservatórios na capital e no interior; e, além disso, tem promovido ações visando a regularidade do abastecimento. O relatório em questão é de finalidade, exclusivamente, técnica e apresenta, ao Ministério Público, as ações planejadas pela Saneago no sentido de reforçar o abastecimento para atenuar os efeitos do período de estiagem. A Saneago explica à população que não há motivo de alarde, mas que, por se tratar de período de estiagem, a orientação é para o uso consciente das reservas domiciliares de água tratada.

Nota da Redação

Erroneamente, a reportagem não constava Anápolis como uma das 67 cidades citadas pelo relatório da Saneago. O texto foi alterado com as correções necessárias.

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