Roberto pedirá autorização da Câmara para dar socorro financeiro à Santa Casa
Medida serve para impedir que hospital feche a única UTI pediátrica que atende pelo SUS na cidade
Da reunião realizada na manhã desta terça-feira (25) no Centro Administrativo, entre o prefeito Roberto Naves (PTB) e a direção da Santa Casa de Misericórdia, saiu o encaminhamento de que um projeto de Lei do Executivo será enviado à Câmara Municipal para autorizar repasses extras de verba ao hospital.
Conforme mencionou o prefeito em suas redes sociais, o documento será protocolado no Legislativo anapolino ainda hoje para que uma sessão extraordinária seja marcada o quanto antes pelo presidente Amilton Filho (SDD).
A proposta de socorro financeiro à instituição foi estipulada em R$ 600 mil e deve, segundo Roberto, entregue em seis parcelas a partir de outubro.
“A Prefeitura de Anápolis está firme no propósito de ajudar a Santa Casa a sair desta crise financeira”, afirmou.
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Em tempo
Não é de hoje que a Santa Casa reclama falta de recursos e pede socorro financeiro ao poder público.
Em nota recente enviada ao Portal 6, o hospital afirma que desde 2013 deixou de receber recursos extras da Prefeitura de Anápolis que ajudavam nos custos da UTI pediátrica da instituição, a única que atende pelo SUS na cidade.
O montante que a unidade calcula chega a incríveis R$ 6 milhões, que o Executivo Municipal alega não dever, pois a verba, no período em que foi entregue, entre 2011 e 2012, provinha de uma contribuição voluntária que a Prefeitura deu com autorização da Câmara Municipal na gestão do ex-prefeito Antônio Gomide (PT).
É a mesma ajuda que Roberto Naves está disposto a fazer novamente, dentro das possibilidades orçamentárias da Prefeitura.
Segundo o promotor Marcelo Borges Amaral, em entrevista ao radialista Lucivan Machado, a Prefeitura não tem débitos com o hospital, que passa por dificuldades financeiras devido à má gestão na organização social.
“O problema que identificamos está na Santa Casa e não na Secretária Municipal de Saúde. Então são eles que devem buscar uma solução, seja através do Estado, seja através da União, mas o Ministério Público também está acompanhando essa questão porque o nosso objetivo, repita-se: é evitar que o atendimento às crianças de UTI sejam prejudicados”.