Eleitores de Goiás ainda não sabem qual candidato apoiar na disputa pela Presidência do país
Faltando menos de seis meses para o pleito, cientista político explica motivos para impasse e o que pode pesar na hora da votação
A disputa de votos para a Presidência do Brasil se encontra em um cenário incerto em Goiás. A pouco menos de seis meses para as Eleições de 2022, os goianos ainda não têm uma opinião clara sobre quem deverá assumir o cargo a partir do dia 1º de janeiro de 2023.
Em entrevista ao Portal 6, o cientista político Guilherme Carvalho indicou que existem diferentes fatores que podem influenciar o eleitorado ao entrar nas urnas. O primeiro deles é o “voto econômico”.
“A população entende o que sente no bolso, ao entrar no supermercado e sair com mais ou menos produtos, ou nos postos de combustíveis e sair com o tanque mais ou menos cheio”.
“Assim, ela compara a vida dela hoje com quatro anos atrás e projeta os próximos quatro anos. Se ela enxergar que o cenário está igual ou melhor, tende a votar em quem está no poder atualmente”.
“Caso o contrário, se o eleitor acredita que piorou ou que pode mudar a vida dele, o cálculo é redirecionado para o principal adversário”, detalhou.
Além do fator econômico, Guilherme apontou a questão ideológica como outra condição que interfere no voto do eleitorado.
“No caso de Goiás, a maior parte da população tradicionalmente não vota no PT. Existe um ambiente um pouco mais conservador. Apenas a Dilma [Rousseff] ganhou, uma vez, no estado.”
Entretanto, o cientista político apontou que o mandato atual do presidente Jair Bolsonaro (PL) está gerando impasse entre os goianos.
“A população sabe que o PT governou por 13 anos, caiu mal quando saiu do poder, além de haver uma propaganda anti-Lulista”.
“Mas ela também sabe que o Bolsonaro foi eleito em uma esteira de moralização, economia eficiente e não entregou nada disso”, complementou.
Assim, Guilherme Carvalho afirmou que ainda é muito cedo e difícil apontar como esse cenário vai se desenrolar ao longo de 2022.
“Não dá para dizer o que vai pesar mais no último momento, a ideologia ou a economia. Tudo vai depender das peças de marketing e o duelo que eles farão pelos votos, quando as campanhas eleitorais começarem”, pontuou.