‘O Brasil merece ter um Congresso com mais de 50% de mulheres’, diz Patrícia Zanella
Ela também reafirmou as necessárias de ações, pelos partidos, de formação política para elas
MATHEUS TUPINA
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A candidata a deputada federal por São Paulo Patrícia Zanella (Rede-SP) afirmou nesta quinta-feira (22) que o Brasil deve ter, por lei, um Congresso Nacional com paridade de gênero, refletindo o eleitorado do país. Disse também que a temática será objeto de seu primeiro projeto de Lei, caso eleita.
Zanella também afirmou que não basta lançar candidaturas femininas, sendo necessárias ações, pelos partidos, de formação política para mulheres, providenciando estrutura de campanha e cargos dentro da própria hierarquia das legendas.
A candidata, que concorre pela segunda vez ao cargo no Legislativo, disse também que foca a educação, a saúde e a temática ambiental como temas prioritários caso seja eleita, dizendo que seu eleitor pode ser qualquer brasileiro que acredita em um país justo e sustentável.
Perguntada sobre a possível revogação de reformas em um eventual governo do ex-presidente Lula (PT), Zanella diz que não é preciso revogar toda a reforma trabalhista, mas que se devem adicionar novas temáticas, como a possibilidade de ações afirmativas nas empresas. Ela declarou, porém, ser favorável à revogação da emenda constitucional que criou o teto de gastos.
Também declarou-se a favor da permanência do auxílio emergencial como um recurso permanente e diz ser necessário um aumento do valor para algo além dos R$600.
Sobre educação, disse que é muito difícil ser acadêmico no Brasil pelas dificuldades financeiras e pelos cortes de gastos em pesquisa e desenvolvimento. Assim, afirmou que possui como prioridade propor o aumento das bolsas providas pela CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) e o aumento do investimento na temática na totalidade.
Abordada sobre a mudança climática, Zanella ressaltou que as comunidades mais afastadas e mais vulneráveis socioeconomicamente sofrem mais com os eventos extremos do clima, e afirmou que o Congresso Nacional não tomou nenhuma ação na atual legislatura, mesmo com o que já era mapeado pelos acadêmicos.
Afirmou, portanto, ser necessário um suporte do Estado e especialmente do Poder Legislativo, a fim de mudar a legislação, frear o desmatamento e atuar mais eficientemente no tema, com maiores investimentos em saneamento básico. Também disse ser a favor de uma reforma agrária e a demarcação de terras indígenas.