Quais os cuidados com o coração no Câncer de Próstata: Novembro Azul

Tem 90% de chances de cura se a doença for diagnosticada precocemente

Rizek Hajjar Gomides Rizek Hajjar Gomides -
Quais os cuidados com o coração no Câncer de Próstata: Novembro Azul
(Foto: Freepik)

Sabe aquele amigo ou conhecido que corre de médico e que nunca foi ao Urologista para avaliação da próstata? Então, compartilhe com ele essa publicação para assim ajudarmos na prevenção e no diagnóstico precoce do Câncer de Próstata.

Mas vamos lá, qual sua idade? Já olhando seus cabelos brancos, próximo aos 40 anos ou mais?

Então saiba que o câncer de próstata é o mais o comum entre os homens e representa 29% dos diagnósticos da doença no Brasil.

Todos os anos, o país registra uma média de 66 mil novos casos da doença.

A maior incidência de câncer de próstata é em homens negros.

Os homens negros têm três vezes mais risco de desenvolver câncer de próstata e 2,2 vezes mais chances de morrer em decorrência da doença.

A genética é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de próstata, já que um homem com parentes de primeiro grau com a doença tem mais chances de desenvolvê-la.

Precisamos conscientizar sempre. Falta de informação. Preconceito. Vergonha. Essas são algumas das razões que levam os homens a deixarem de lado procedimentos rápidos, indolores e fundamentais para identificar em estágio inicial.

Tem 90% de chances de cura se a doença for diagnosticada precocemente.59% dos homens não costumam ir ao urologista.

Além disso, 37% dos homens até 39 anos, e 20% acima dos 40, admitem ir ao médico apenas quando se sentem mal.

Mas em uma pesquisa, 40% dos homens com 50 anos ou mais entrevistados disseram que nunca fizeram o exame de toque, mas fariam se necessário. E como é feito do diagnóstico?

O PSA e o exame de toque são recomendados para homens a partir dos 40 anos.

Fazer exames periodicamente é a melhor maneira de identificar o câncer de próstata em estágio inicial.

O ritual inclui o toque retal e o exame de sangue, para checar a dosagem do PSA (antígeno prostático específico).

Havendo alguma suspeita, o paciente deve se submeter à biópsia da próstata sempre com indicação do Urologista.

O toque retal é considerado indispensável e não pode ser substituído pelo exame de sangue ou por qualquer outro exame, como o ultrassom. Somente com o resultado dessa análise do tecido é que poderá ser fornecido o diagnóstico. Para prevenir o câncer de próstata, a consulta médica e exames periódicos são essenciais.

Mas quais os cuidados com o coração antes, durante e depois do tratamento?

O tratamento do câncer de próstata localmente avançada baseia-se no controle hormonal de testosterona.

A terapia antiandrogênica (controle hormonal de testosterona) reconhecida leva a alterações metabólicas caracterizadas por hiperinsulinemia (aumento de insulina), hipercolesterolemia (aumento do colesterol) e alterações na composição corporal, com aumento da gordura predominantemente visceral e redução de massa magra.

São efeitos semelhantes ao que chamamos de Síndrome Metabólica, resultante da terapia antiandrogênica que está associada a aumento de complicações cardiovasculares.

Entender o impacto dessas medicações no risco cardiovascular é importante, pois muitos dos fatores de risco que levam ao câncer de próstata também podem resultar em doenças cardiovasculares, como idade avançada, tabagismo, dieta e obesidade.

Recomenda-se o controle desses fatores de risco como da pressão arterial, da glicemia e diabetes, cessação do tabagismo e restrição ao consumo de álcool, prática de atividade física. Mudanças para hábitos de vida saudáveis ajudam no tratamento e se indicado pelo seu médico, associar medicações para controle e tratamento desses fatores, mas sempre com acompanhamento do seu Cardio-Oncologista.

Rizek Hajjar Gomides é médico, formado pela Uniceplac – Brasília. Especialista em Clínica Médica pelo Hospital IGESP – SP. Especialista em Cardiologia pelo Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – InCor. Fellow em CardioOncologia pelo Instituto do Câncer do Estado de São Paulo – ICESP e InCor.

Tem consultório próprio em São Paulo e escreve nas quartas-feiras no Portal 6. Siga-o no Instagram.

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