Homem que deixou jovem paraplégico após jogo de futebol é condenado em Anápolis
Julgamento foi realizado 13 anos após o crime, ocorrido após uma discussão em um bar do município
Após quase 13 anos na Justiça, Jefferson Renato Ferreira, de 34 anos, foi condenado a 09 anos e 10 meses após ter efetuado os disparos que deixaram o jovem Bruno Makey de Oliveira Botelho, à época com 22 anos, paraplégico, depois de uma partida de futebol
A pena foi promulgada no começo da noite desta quinta-feira (27), no Fórum de Anápolis. Inicialmente prevista para 16 anos de prisão, foi reduzida após o réu admitir a autoria do crime e pelo homicídio não ter sido concretizado.
A pena ainda foi agravada por conta do motivo fútil, visto que a confusão que culminou no atentado se iniciou após desentendimentos esportivos, além de o autor ter utilizado uma arma de fogo mesmo após a discussão ter se encerrado.
Ao Portal 6, Denis Augusto Bimbati, promotor responsável pelo caso, destacou que o processo aconteceu tardiamente, gerando um “sentimento de impunidade”, mas que teve uma resolução favorável.
“Sensação de dever cumprido, foi um esforço de todos, da defesa, do Ministério Público, dos jurados, mas foi feita a justiça”, relatou.
Já Bruno, atualmente com 35 anos, apontou estar aliviado com o fim de mais de uma década de espera pela conclusão do caso. No entanto, ele acredita que a pena poderia ter sido mais rígida.
“Ele me deixou em uma situação irreversível e ainda assassinou outra pessoa depois. Ele deveria ficar mais tempo na cadeia”, disse.
Em tempo
Também acompanharam a sentença os pais de Julio Cesar Ferreira Honorato, jovem morto em 2014 por Jefferson, em Anápolis. À época, a vítima tinha apenas 28 anos.
O autor já foi condenado pelo homicídio e está atualmente cumprindo pena, em regime fechado, pelo crime.
Ao Portal 6, Marlene Ferreira, mãe de Julio, esperava que a pena trouxesse uma sensação de justiça e lamentou a morosidade no julgamento do cado de Bruno.
“Se ele [Jefferson] tivesse sido punido à época, meu filho estaria aqui com a gente”, disse.
Assim como Bruno, lamentou que a pena decidida tenha sido de apenas 9 anos.
O criminoso já havia sido condenado pelo homicídio a nove anos de reclusão em regime fechado, mas agora, com o caso de Bruno, serão somados mais nove anos e dez meses, a serem cumpridos assim que o processo for transitado em julgado.
*Colaborou Davi Galvão