“Não vou botar câmera em policial meu de maneira alguma”, diz Caiado durante reunião com Lula

Declaração foi feita durante reunião com governadores para debater PEC da Segurança

Augusto Araújo Augusto Araújo -
Ronaldo Caiado durante reunião com governadores, convocada pelo presidente Lula. (Foto: Captura/YouTube)
Ronaldo Caiado durante reunião com governadores, convocada pelo presidente Lula. (Foto: Captura/YouTube)

Ronaldo Caiado (UB) gerou polêmica, nesta quinta-feira (31) ao afirmar que não iria colocar câmeras no fardamento policial “de maneira alguma”, durante reunião convocada pelo presidente Lula (PT) no Palácio do Planalto, com vários governadores do Brasil.

O evento tinha como objetivo debater a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança que está sendo desenvolvida pelo Governo Federal.

Ao longo da reunião, que foi transmitida ao vivo, diversos representantes dos diferentes estados se manifestaram em relação ao documento, expressando os pontos que concordavam e discordavam.

Contudo, Caiado argumentou que cada região deveria ter uma forma diferente de lidar com a questão da segurança, e que uma padronização do modo de agir nas forças de policiamento seria algo negativo.

“Sou governador de estado, fui eleito pelo meu povo. Não vou botar câmera em policial meu de maneira alguma. Tenho que ter corregedoria séria, que não admita milícia. Não vou caminhar em uma situação como essa em que estamos aqui, a pagar salário e receber ordem do Congresso, da União, para dizer como vou me comportar em Goiás. É uma usurpação de poder, invasão de prerrogativa, em uma prerrogativa que já está garantida a nós, governadores”.

Além disso, o governador de Goiás ressaltou que a situação da segurança não pode ser tratada da mesma forma que a saúde, como está sendo proposto pela PEC, que busca utilizar o Sistema Único de Saúde (SUS) como modelo.

Vale destacar que o texto apresentado na reunião não faz referência ao uso de câmeras corporais pelas forças de segurança.

Atualmente, o que há em vigor é uma portaria do Ministério da Justiça e Segurança Pública, que coloca a adesão dos estados como opcional ao uso dos dispositivos.

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