Advogado de Anápolis é vítima de golpe engenhoso e revela como resolveu a questão

Nas mensagens, malfeitores utilizam informações do processo e até mesmo dados das vítimas para passar maior credibilidade

Davi Galvão Davi Galvão -
Trechos de mensagens enviadas às vítimas. (Foto: Arquivo Pessoal)
Trechos de mensagens enviadas às vítimas. (Foto: Arquivo Pessoal)

Foi com as mensagens e ligações de diversos clientes que o advogado Tiziano Mamede acordou, na manhã desta quinta-feira (17), em Anápolis, após criminosos se passarem por ele para aplicarem golpes financeiros.

A prática não é novidade e tem até nome: golpe do falso advogado, com a Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO), debatendo e buscando soluções para o problema há anos.

Em entrevista ao Portal 6, Tiziano revelou que nenhum dos clientes chegou a ser lesado desta vez, mas que a forma com a qual os criminosos estruturaram o golpe foi, de fato, engenhosa.

“Eles mandaram as mensagens, se passando por mim ou por pessoas responsáveis pelo processo, mandando até mesmo o número certinho do documento, mas falando que ainda era preciso pagar uma taxa”, explicou.

Nas mensagens, enviadas à reportagem, é possível ver o cuidado com o qual os golpistas tiveram, chegando a informar dados como CPF e dados processuais, se passando por funcionários do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Para se prevenir e evitar eventuais prejuízos aos clientes, o advogado se adiantou e enviou, em lista de transmissão, um aviso a todos os contatos, alertando sobre o golpe.

“Não é só dinheiro também, é nossa reputação que está em jogo. Ainda bem que ninguém foi lesado ainda, mas pretendo procurar a delegacia para formalizar a denúncia”, finalizou.

Combate

Casos envolvendo o golpe do “falso advogado” tem sido vistos com frequência, e não apenas em Goiás. Em uma operação deflagrada na última quinta-feira (10), a PCGO deu cumprimento a três mandados de prisão preventiva, dez de prisão temporária e 13 mandados de busca e apreensão.

As autoridades acreditam que os suspeitos integravam uma quadrilha especializada no golpe. Os alvos foram 13 investigados localizados nas cidades cearenses de Fortaleza, Maracanaú e Pacatuba.

Em março, a OAB-GO lançou uma cartilha com orientações práticas voltadas a advogados e à população, por meio da Comissão de Segurança Pública e Política Criminal.

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