Por ordem de Moraes, PF prende novamente goiano que quebrou relógio histórico nos atos de 8 de janeiro

Criminoso havia sido solto na quarta-feira (18) por decisão da Vara de Execuções Penais de Uberlândia (MG)

Davi Galvão Davi Galvão -
Por ordem de Moraes, PF prende novamente goiano que quebrou relógio histórico nos atos de 8 de janeiro
Antonio Claudio Alves Ferreira foi preso novamente em Goiás, pela participação nos crimes do 8 de janeiro (Foto: Reprodução/Fantástico)

A Polícia Federal (PF) prendeu, nesta sexta-feira (20), em Catalão (GO), o mecânico Antônio Cláudio Alves Ferreira, condenado por participação nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

Ele ficou conhecido por quebrar o relógio histórico do Palácio do Planalto durante a invasão. A nova ordem de prisão partiu do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que revogou a progressão de regime concedida ao réu.

Ferreira havia sido solto na quarta-feira (18) por decisão da Vara de Execuções Penais de Uberlândia (MG), que autorizou a passagem ao regime semiaberto.

O juiz Lourenço Migliorini Fonseca Ribeiro, responsável pela decisão, alegou inclusive a falta de tornozeleiras eletrônicas no sistema prisional mineiro — o que foi desmentido posteriormente pela Secretaria de Justiça de Minas, que garantiu ter mais de 4 mil equipamentos disponíveis.

Ao justificar o novo mandado de prisão, Moraes argumentou que o juiz de Minas Gerais extrapolou a competência que tinha e que o réu ainda não havia cumprido o tempo mínimo de 25% da pena exigido para a progressão de regime — ele havia atingido apenas 16%. O ministro também determinou a apuração da conduta do magistrado no âmbito do STF, por possível usurpação de competência.

Ferreira foi condenado pelo Supremo a 17 anos de prisão por crimes como golpe de Estado, abolição violenta do Estado democrático de Direito, dano qualificado contra patrimônio da União, associação criminosa armada e grave ameaça, referentes ao 8 de janeiro. Imagens dele destruindo o relógio foram utilizadas como prova no julgamento.

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG) abriu um procedimento na Corregedoria-Geral para apurar a conduta do juiz. Em nota, o TJ-MG afirmou que respeita as decisões dos tribunais superiores e reforçou o compromisso com a legalidade e a preservação do Estado democrático de Direito.

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Davi Galvão

Davi Galvão

Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás. Atua como repórter no Portal 6, com base em Anápolis, mas atento aos principais acontecimentos do cotidiano em todo o estado de Goiás. Produz reportagens que informam, orientam e traduzem os fatos que impactam diretamente a vida da população.

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