Câmara de Goiânia abre CEI para investigar consórcio da limpeza e avalia acabar com a Taxa do Lixo
Apesar da pressão do prefeito, colegiado aprovou o projeto e deve começar as apurações

O retorno do recesso parlamentar na Câmara Municipal de Goiânia nesta terça-feira (12) foi palco de um movimento significativo: a instalação da Comissão Especial de Inquérito (CEI) para investigar o contrato e os serviços prestados pelo chamado Consórcio Limpa Gyn, composto pelas empresas Quebec Construções e Tecnologia Ambiental, Clean Master Ambiental Unipessoal e CGC Concessões.
Além da apuração, também foi levantada a possibilidade de ser revogada a “taxa do lixo”, sancionada pelo ex-prefeito Rogério Cruz (SD) para corrigir os déficits no setor de limpeza urbana, cuja cobrança teve início em julho de 2025.
O requerimento, proposto pelo vereador Cabo Senna (PRD), angariou 16 assinaturas, superando o mínimo necessário e sinalizando uma postura combativa do Legislativo.
Apesar dos esforços do prefeito Sandro Mabel (UB) para evitar a formação da comissão, que incluíram contatos diretos com os vereadores, a CEI foi formalmente estabelecida.
O prefeito minimizou a iniciativa, descrevendo-a como “uma perda de tempo” e sugerindo que alguns parlamentares estariam buscando influência para obter cargos no Executivo.
Este desenvolvimento reflete uma fase de maior tensão entre a administração municipal e a Câmara, impulsionada por questões como a distribuição de indicações e a liberação de emendas impositivas, com a CEI podendo ser percebida como uma ferramenta para reequilibrar as forças políticas.