Geração Z desenvolve a síndrome do impostor reverso achando que são bons demais para qualquer emprego

Levantamento aponta nova realidade no ambiente corporativo e preocupa gestores em várias regiões globais

Magno Oliver Magno Oliver -
Geração Z desenvolve a síndrome do impostor reverso achando que são bons demais para qualquer emprego
Carteira de trabalho. (Foto: Marcello Casal/ Agência Brasil)

Uma pesquisa da plataforma de currículos Resume Genius expõe um desafio crescente e global para empresas de diversos segmentos: lidar com funcionários que são da geração Z. O levantamento indica que esses jovens, em muitos casos, são vistos como os mais difíceis de liderar, superando gerações anteriores.

A Geração Z  é também conhecida como “Gen Z” ou a “Gen dos Zoomers”. Ela abrange os nascidos entre meados da década de 1990 e o início da década de 2010, formando a primeira geração de “nativos digitais” da era moderna.

Análise da Forbes pontua que a geração Z cresceu com celulares, mídias sociais e a internet na palma da mão, o que faz deles altamente adeptos ao uso de novas tecnologias, uma habilidade essencial para bons desempenhos e crescimento no trabalho.

Muitos deles dominam novos softwares, plataformas ou ferramentas sem muito treinamento prévio. Estima-se que 74% da geração Z tenha a ambição de aprender novas habilidades e se desenvolver profissionalmente, segundo o LinkedIn.

Segundo o estudo, seis em cada dez companhias desligaram recém-contratados dessa faixa etária apenas neste ano. A taxa elevada de desligamentos reflete uma relação tensa entre líderes, em sua maioria millennials ou da geração X, e a nova geração que chega ao mercado com expectativas diferentes.

Os psicólogos e especialistas em Recursos Humanos afirmam que não se trata de arrogância pura e simples.

Há indícios de um fenômeno psicológico descrito como “síndrome do impostor reverso”, em que o indivíduo acredita ser mais qualificado do que a função que ocupa. Essa percepção pode provocar frustração, choques de comunicação e dificuldades de adaptação ao trabalho que se propõe.

O cenário preocupa empresas que buscam reter talentos. Para gestores, o desafio está em encontrar estratégias que unam a alta qualificação acadêmica desses jovens com a disciplina e a flexibilidade exigidas pelo ambiente corporativo de trabalho.

A pesquisa sugere que, sem diálogo e ajustes de expectativas, o índice de rotatividade tende a permanecer elevado.

Choques geracionais

A pesquisa da Resume Genius, plataforma de criação de currículos, pontua que até 45% dos recrutadores da Geração Z compartilham desse sentimento de que esse grupo é um dos mais desafiadores para se trabalhar.

– Geração Z (45%)
– Geração Y (26%)
– Geração X (13%)
– Boomers (9%)
– Não tem certeza (7%)

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Magno Oliver

Magno Oliver

Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás. Escreve para o Portal 6 desde julho de 2023.

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