Após Justiça determinar retirada de placa contra petistas, estabelecimento coloca anúncio com outra provocação
Estabelecimento afirma que ordem judicial foi cumprida e que o novo aviso não tem caráter político nem discriminatório

O Frigorífico Goiás voltou ao centro de uma polêmica depois de desafiar, ainda que indiretamente, uma decisão judicial.
Um dia após a Justiça determinar a retirada de um cartaz que proibia a entrada de petistas, o estabelecimento colou na porta da loja uma nova mensagem: “Ladrão aqui não é bem-vindo. Quem apoia ladrão também não”.
A determinação partiu do juiz Cristian Battaglia de Medeiros, da 23ª Vara Cível, que atendeu a um pedido do Ministério Público.
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O magistrado entendeu que a mensagem anterior, que dizia “petista aqui não é bem-vindo”, violava o Código de Defesa do Consumidor e configurava prática discriminatória.
O frigorífico foi intimado a retirar o anúncio em até 48 horas, sob pena de multa diária de R$ 1 mil, limitada a R$ 100 mil, além da possibilidade de responsabilização criminal.

“Ladrão aqui não é bem-vindo. Quem apoia ladrão também não”. (Foto: Reprodução)
Proprietário se pronuncia
Apesar da remoção, o dono do estabelecimento, Leandro Batista Nóbrega, publicou nas redes sociais um vídeo exibindo o novo cartaz.
A reação foi imediata: alguns seguidores aplaudiram a atitude, outros criticaram, acusando o comerciante de insistir no mesmo tom de provocação.
A defesa do frigorífico, representada pelo advogado Carlos Olivo, afirmou em nota à imprensa que a ordem judicial foi cumprida e que o novo aviso não tem caráter político nem discriminatório.
Segundo ele, o estabelecimento estaria sendo alvo de perseguição de opositores e pretende demonstrar isso em juízo.
Mais polêmicas
Essa não é a primeira vez que o frigorífico se envolve em controvérsias.
Durante as eleições de 2022, ficou famoso por vender a chamada “picanha do mito” a R$ 22 para clientes vestidos com a camiseta da Seleção Brasileira, em apoio ao então presidente Jair Bolsonaro (PL).
A promoção causou tumulto, uma morte em frente ao local e acabou suspensa pela Justiça. Pouco depois, fiscais do Procon encontraram no endereço carne imprópria para consumo e produtos vencidos.

Frigorífico Goiás, em Goiânia. (Foto: Divulgação)
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