Juiz suspeito de dirigir com mulher no colo ao atropelar ciclista em SP diz ter medo de ser preso
Segundo o boletim de ocorrência, ele foi preso em flagrante e estava com uma garota de programa seminua sentada em seu colo

(FOLHAPRESS) – O juiz aposentado Fernando Augusto Fontes Rodrigues Junior, 61, que atropelou e matou a auxiliar de cozinha Thaís Bonatti de Andrade, 30, em 24 de julho, em Araçatuba, interior de São Paulo, foi denunciado pelo Ministério Público na quinta-feira (13) por homicídio doloso.
Segundo o boletim de ocorrência, ele foi preso em flagrante sob suspeita de dirigir alcoolizado e estava com uma garota de programa seminua sentada em seu colo.
Em entrevista à TV TEM, afiliada da TV Globo, na sexta-feira (14), o juiz disse que tem medo de ser preso e afirmou que trocaria a vida dele pela da Thaís.
Questionado, ele disse ter medo de ser preso.
“Olha, quem disser que não tem medo de ser preso está falando mentira. Ninguém quer ser preso. Eu tenho medo de ser preso, sim”, disse.
O juiz admitiu que ingeriu bebida alcoólica.
“Eu cheguei [na boate] por volta de 22h, 23h, e tomei duas cervejas dessas long neck e dois shots de tequila. A partir desse momento, eu me lembro, mas depois disso tudo apaga pra mim. Eu penso que, a partir da meia-noite, eu já estava apagado. Não sei se estava apagado ou não estava mais com a lembrança do que fazia”, disse.
Porém, negou que estivesse embriagado ou sem condições de dirigir.
“Na minha impressão, eu não estava embriagado. Na minha impressão, não havia nada que modificasse os meus sentidos ali naquele momento. Então, na minha opinião, na minha consciência, eu tinha condições pra dirigir”, afirmou.
Rodrigues Júnior negou que a acompanhante de 25 anos estivesse em seu colo quanto dirigia a caminhonete.
“Em absoluto, ela não estava no meu colo. É até ilógico, uma pessoa da minha idade, como tinham dito aí, que eu tomei tanta bebida durante dez horas, era para eu estar com coma alcoólico. Então é ilógico dizer que eu estaria mantendo relações sexuais com ela”, afirmou.
O juiz relatou que não viu a bicicleta se aproximar.
“Eu não vi a ciclista. Se ela estivesse na frente, eu teria freado, teria desviado, teria feito qualquer tipo de manobra. Mas não vi absolutamente. Para que eu fale alguma coisa é precipitado e quem tem que falar são as outras provas. Porque eu mesmo não vi a essa ciclista se aproximar e sequer vi o impacto dela com o veículo”, explicou.
O juiz disse se arrepender de ter saído de casa naquela noite e lamentou a morte de Thaís.
“Lamento a perda da vida da Thaís Bonatti, que teria toda a vida pela frente, uma pessoa jovem. Trocaria a minha vida pela dela, e sei que nada pode ser feito para confortar a família por essa perda. Lamento profundamente”, afirmou.
A acompanhante também foi denunciada pela Promotoria.
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— Portal 6 (@portal6noticias) November 16, 2025





