Carteira do autista: brasileiros com o transtorno têm direito a benefícios que garantem atendimento prioritário em vários lugares
Documento oficial assegura prioridade também em restaurantes, lanchonetes e estabelecimentos de alimentação

Brasileiros diagnosticados com Transtorno do Espectro Autista (TEA) têm direito à Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (Ciptea), documento que garante atendimento prioritário em diversos serviços públicos e privados, inclusive em estabelecimentos comerciais de grande circulação.
Criada por lei federal, a carteira facilita a identificação da condição e evita constrangimentos, permitindo que a pessoa com TEA tenha seus direitos respeitados sem a necessidade de apresentar laudos médicos a todo momento.
Na prática, a Ciptea garante prioridade em filas, guichês e atendimentos, o que inclui locais como hospitais, bancos, repartições públicas, aeroportos e transporte coletivo. O direito também se estende a restaurantes, lanchonetes e redes de fast food, como McDonald’s, onde a pessoa com TEA pode ser atendida primeiro, mesmo que chegue após outros clientes.
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O atendimento prioritário nesses estabelecimentos é especialmente importante para pessoas com autismo que apresentam hipersensibilidade sensorial, dificuldade com espera prolongada ou estresse em ambientes cheios e barulhentos.
A carteira também auxilia no acesso a serviços de educação, assistência social, lazer e cultura, além de favorecer a compreensão por parte de funcionários e atendentes em situações que exigem adaptação.
A Ciptea pode ser solicitada por qualquer pessoa com diagnóstico de TEA, independentemente da idade. No caso de crianças ou pessoas que necessitam de apoio, o pedido pode ser feito pelos pais ou responsáveis legais. A emissão do documento é gratuita.
O processo de solicitação varia conforme o estado ou município, mas geralmente é feito junto às secretarias de Assistência Social, Saúde ou Direitos Humanos, podendo ocorrer de forma presencial ou online.
Especialistas reforçam que a carteira não cria novos direitos, mas garante o cumprimento efetivo dos direitos já previstos em lei, inclusive o atendimento prioritário em estabelecimentos privados de uso coletivo.
A orientação é que pessoas com autismo e seus familiares conheçam esse direito e façam uso da carteira sempre que necessário, garantindo mais respeito, inclusão e dignidade no dia a dia.
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