Comissão aprova projeto que define fim do horário de verão em Goiás

Deputados concordam que adiamento do relógio gera inúmeros problemas à população

Carlos Henrique Carlos Henrique -
Comissão aprova projeto que define fim do horário de verão em Goiás
(Foto: Agência Brasil)

A Comissão de Constituição, Justiça e Redação da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás aprovou nesta terça-feira (20) o projeto nº 3489/16, que propõe o fim do horário de verão em Goiás.

O projeto em questão é de autoria do deputado Luis Cesar Bueno (PT) e ainda será apreciada em duas votações em Plenário. Caso siga sendo aprovada, o último passado é seguir para sanção ou veto do governador de Goiás, Marconi Perillo.

A polêmica sobre o horário de verão tem se intensificado bastante nos últimos anos. A maioria da população goiana é contra a mudança de horário e a principal justificativa é a falta de segurança que o adiantamento do relógio proporciona na população que precisa sair de casa logo cedo.

O horário de verão foi instituído pela primeira vez entre os anos de 1931 e 1932, sendo adotado no País esporadicamente até 1967. Após 18 anos sem que a medida fosse novamente utilizada, o horário especial voltou a ser implantado em 1985 e, desde então, é instituído todos os anos. “A ideia é aproveitar ao máximo a luz natural durante os dias mais longos do verão, a fim de poupar energia”, explica Luis Cesar Bueno.

De acordo com o deputado, a medida de fato reduz o gasto com energia durante os meses em que o horário especial vigora. “No entanto, deve-se analisar os custos para a população brasileira e se os sacrifícios impostos compensam os benefícios na economia gerada ao setor elétrico”, ressalta.

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a economia média no consumo de energia, no horário de pico, durante a vigência do horário de verão, fica entre 4 a 5%. “Há em regiões próximas à linha do Equador, como nosso País, essa variação praticamente não existe, tornando a adoção de horário especial no verão uma medida contestável. Tanto é assim que, nenhum país subequatorial adota o horário de verão. A exceção é o Brasil”, explica Luis Cesar Bueno.

Para o deputado, é necessário analisar se essa economia compensa os enormes sacrifícios impostos à população. “Ao adiantar em uma hora o relógio, as pessoas passam a se levantar mais cedo, sofrendo no próprio corpo as consequências que isso acarreta. Outro efeito nefasto do horário especial é a falta de segurança, que, já tão grande, aumenta muito nas madrugadas do verão brasileiro”, justificou.

Carlos Henrique

Carlos Henrique

Publicitário. Diretor de Operações do Portal 6.

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