Rússia quer ajuda do Brasil para inteligência de segurança na Copa do Mundo
Apesar das diferenças culturais, ambos países têm questões de segurança em comum devido à extensão do território e das regiões de fronteira
Autoridades da área de segurança do governo da Rússia reuniram-se hoje (4) com o presidente Michel Temer e integrantes do governo brasileiro e um dos temas discutidos foi a cooperação na área de segurança na Copa do Mundo de 2018. A Rússia vai sediar a competição, e o Brasil foi o último país a receber os jogos, em 2014.
Temer recebeu o secretário do Conselho de segurança da Rússia, general Nikolai Patrushev, e, além de tratar de cooperação para segurança na Copa da Rússia, também foi tema do encontro a cooperação na área de inteligência para combate a crimes em região de fronteira.
Após a conversa entre Temer e Patrushev, uma reunião ampliada foi realizada com representantes da área de segurança institucional do Brasil e da Rússia, que discutiram temas como combate ao terrorismo internacional e assuntos de inteligência de interesse do Brics, grupo formado por Brasil, a Rússia, Índia, China e África do Sul.
A reunião foi presidida pelo ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, general Sérgio Etchegoyen, e o general Nikolai Patrushev. O ministro da Justiça, Torquato Jardim, também participou das discussões.
Etchegoyen disse que apesar das diferenças culturais, o Brasil e a Rússia têm questões de segurança em comum devido à extensão do território e das regiões de fronteira.
“Não vivemos a angústia de compartilhar fronteiras com nações postas em cheque pelo terrorismo, em contrapartida temos que exercer vigilância constante contra o crime organizado, especialmente o narcotráfico”, disse Etchegoyen na abertura da reunião, referindo-se às questões de segurança do Brasil.
O general russo disse que o Brics já se tornou um mecanismo fundamental para a cooperação em assuntos de economia e de segurança e manifestou o interesse do governo russo nas ações brasileiras de combate aos crimes fronteiriços.