Mesmo preso, Lula ainda responde a seis ações penais e é alvo de duas denúncias
Petista foi condenado a mais de 12 anos de prisão por ter recebido um triplex em vantagem indevida para beneficiar a construtora OAS
Preso desde o último sábado (07) pelo caso do triplex em Guarujá (SP), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva responde ainda a seis ações penais, além de ter sido denunciado em outras duas.
O petista foi condenado a 12 anos e um mês de prisão por ter recebido um triplex no Guarujá (SP) em vantagem indevida para beneficiar a construtora OAS. As negociações envolveram, segundo as investigações, R$ 2,4 milhões.
Há duas ações em andamento em Curitiba (PR), nas mãos do juiz federal Sérgio Moro, e outras quatro em Brasília, sob a responsabilidade da 10ª Vara Federal.
Paralelamente, o ex-presidente é alvo de duas denúncias: uma que trata de suposto benefício ao lado da cúpula do PT e outra sobre a nomeação para ser ministro da Casa Civil do então governo de Dilma Rousseff.
– 13ª Vara Federal de Curitiba (PR)
– Acusado de ganhar reformas e móveis em um sítio de Atibaia (SP) como pagamento de fraudes na Petrobras.
– Acusado de ganhar imóveis da empresa Odebrecht em troca de contratos da petrolífera.
Data em que virou réu: 19/12/2016.
10ª Vara Federal de Brasília (DF)
– Acusado de tentar evitar a delação premiada de Nestor Cerveró, ex-diretor da Área Internacional da Petrobras.
– Acusado de fazer o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) ajudar a Odebrecht em troca de palestras remuneradas.
– Acusado de comprar caças suecos e manter benefícios fiscais da Medida Provisória 627/2003, em troca de R$ 2,5 milhões a uma empresa de Luís Cláudio Lula da Silva, filho de Lula.
– Acusado de vender Medida Provisória 471/2009 para montadoras.
Denúncias
– PT
Acusações: organização criminosa, cartel, corrupção e lavagem de dinheiro. Lula foi acusado ao lado do comando do PT de cobrar ilegalmente R$ 1,485 bilhão de reais usando a administração pública.
– Nomeação ministerial
Lula é denunciado por obstrução de Justiça por ter supostamente articulado com a ex-presidente Dilma Rousseff sua nomeação como ministro-chefe da Casa Civil, na tentativa de obter foro privilegiado e escapar das investigações do juiz Sérgio Moro. A nomeação foi impedida pelo STF e, depois do impeachment de Dilma, o caso passou para a Justiça comum. Esta denúncia está na primeira instância.