Papa Francisco excomunga padre de Anápolis da Igreja Católica
Abuso sexual, lavagem cerebral e masturbação via Skype estão entre as diversas acusações que pesam contra o agora ex-sacerdote
Reportagem da Folha de S. Paulo revelou que o padre Jean Rogers Rodrigo de Sousa, de 45 anos, suspeito de abusar sexualmente de ex-freiras e ex-noviças em Anápolis foi excomungado pelo Papa Francisco.
Com a decisão, tomada na quarta-feira (20), ele terá que deixar o ofício 19 anos depois de ter sido ordenado. É a punição mais grave que a Igreja Católica pode impor a um membro do clero.
Conhecido como padre Rodrigo Maria, o sacerdote foi o fundador da Fraternidade Arca de Maria na cidade. O jornal detalha que, além de abusos, denúncias de lavagem cerebral datadas de 2006 também pesavam contra o sacerdote.
Relatos das vítimas dão conta de que Jean Rogers obrigava elas a rasparem a cabeça e se isolar da família. Caso houvesse desobediência, castigos, como dieta regrada à apenas pão e água, eram impostos.
Youtuber, o agora ex-padre mantém um canal na plataforma com quase 40 mil inscritos. No espaço, costuma se posicionar sobre política e temas polêmicos como a suposta “implantação do comunismo na América Latina”.
Uma outra grave acusação contra Jean Rogers também envolve ferramentas tecnológicas. Por chamada de Skype com uma ex-freira, ele resolveu tirar a batina e se masturbar. Assustada, ela fez um print da tela e anexou a imagem no processo.
A Fraternidade Arca de Maria atualmente não tem mais nenhuma ligação com o sacerdote excomungado. Em 2014, a Diocese de Anápolis expulsou ele do comando da organização religiosa – destituindo todas as suas funções clericais.
Jean Rogers ainda não se pronunciou com relação a decisão do Papa Francisco. Sobre as acusações, disse em setembro do ano passado à Folha de S. Paulo que estava sendo vítima de calúnias.