Anápolis começa a ser apontada como a “Dubai goiana” e dados provam isso

Além da força econômica em ascensão, município também tem capacidade de abrigar 163 mil novos habitantes sem aumentar seu perímetro urbano

Denilson Boaventura Denilson Boaventura -
Anápolis começa a ser apontada como a “Dubai goiana” e dados provam isso

Foi-se o tempo em que os edifícios mais altos do Brasil eram construídos apenas em grandes metrópoles, como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Em Anápolis, os detalhes dos modernos prédios que estão sendo edificados na região Central fazem com que a cidade comece a ser apontada como a “Dubai goiana”.

É o que sinaliza dados da Secretaria de Planejamento. Somente nos últimos cinco anos, Anápolis recebeu protocolos de solicitação de Alvará de Construção de aproximadamente 50 empreendimentos verticais que já estão em andamento. Dentre eles, estão mais de 1500 apartamentos, prédios corporativos e até shopping.

Projetos, segundo a pasta estadual, propostos inclusive por empresas de fora que estão de olho na cidade. Caso de incorporadoras de Goiânia, Minas Gerais e Espírito Santo, o que reforça o potencial de Anápolis na indústria, comércio atacadista e logística, além da importância militar.

E toda essa força econômica em ascensão tem sido fator de atração de migrantes que, por sua vez, desenvolvem o mercado imobiliário. O PIB da cidade saltou de R$ 8 bilhões para R$ 11 bilhões entre 2010 e 2015, segundo dados do IBGE.

Ainda conforme o instituto de pesquisa, entre 2006 e 2015, o crescimento de empresas foi de 26% na cidade. Outro motivo é o tamanho da cidade, de médio porte, perfil que tem crescido em todo País por oferecer mais qualidade de vida que os grandes centros. A cidade possui atualmente 375.142 mil habitantes, conforme a estimativa de 2017 do IBGE.

Anápolis tem espaço para o adensamento dentro de sua malha urbana, o que favorece a população permanecer em um raio de deslocamento mais curto e, assim, ter maior qualidade de vida.

De acordo com o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Estado de Goiás (CAU/GO), a cidade possui 51 mil terrenos vagos, que poderiam comportar uma população de 163 mil novos habitantes para o município, suficiente para a cidade atender a uma taxa de crescimento populacional elevada pelo menos até 2030, sem aumentar seu perímetro urbano.

Mixed use

(Foto: Ilustração)

Um dos grupos econômicos que estão apostando no potencial da cidade é composto pelas empresas ABL Prime, Queiroz Silveira, Atmo Desenvolvimento Imobiliário e CRD – Medicina Diagnóstica, que lançaram nesse ano o primeiro complexo imobiliário mixed use de grande porte da cidade: o Gran Life Medical Complex, que traz para o município investimentos da ordem de R$ 190 milhões, distribuídos em quase 50.000 m² de área construída.

Juntas, as quatro empresas, fundadas em Goiânia, com exceção da anapolina Atmo, têm empreendimentos em quase todos os estados brasileiros e somam mais de 70 anos de experiência nas áreas de projetos, construção, gestão condominial, medicina diagnóstica etc.

A instalação do primeiro empreendimento mixed use da cidade, acompanhando a tendência mundial de concentrar atividades, ampliar a mobilidade e gerar economia de tempo para os usuários vem movimentando a cidade. Isso porque envolverá a edificação de uma home service – torre residencial com diferenciais na parte de serviços – um shopping, um centro clínico e um hospital de alta complexidade que contará com cooperação técnica do renomado Hospital Sírio-Libanês, de São Paulo e também do Grupo CRD, que possui consagrada atuação na capital goiana.

“A intenção é trazer inovação para a ocupação urbana na cidade, como aconteceu em outras cidades de médio porte com forte industrialização como, por exemplo, em São José do Rio Preto e em São José dos Campos, ambas em São Paulo”, enfatiza um dos sócios do projeto, Cleberson Marques, diretor da Atmo Desenvolvimento Imobiliário.

Situado no centro, exatamente na quadra onde iniciou-se a ocupação da cidade, além da revitalização urbana, o empreendimento irá contribuir com os atendimentos de saúde e a geração de empregos. Entre o lançamento, obras e funcionamento do complexo, serão mais de três mil vagas.

Residenciais

(Foto: Divulgação)

A MRV, maior construtora da América Latina e líder no segmento de imóveis econômicos, já se prepara para fazer a entrega do primeiro empreendimento em Anápolis, a primeira etapa do Arcos do Campo, lançado em 2018, na Vila Jaiara, quando a chegou à cidade.

A empresa idealizou também três grandes residenciais para a cidade, que totalizarão 650 apartamentos. Os investimentos são da ordem de mais de R$ 65 milhões e as obras estão gerando cerca de 250 empregos na cidade, entre diretos e indiretos.

O primeiro condomínio residencial é o Arcos do Campo, que está projetado para a Vila Jaiara e contará com 240 unidades. “Diante do sucesso das vendas, antecipamos o lançamento dos outros dois previstos e já adquirimos duas novas áreas para projetos futuros”, diz o gestor regional de vendas da MRV em Goiás, Fernando Salomão.

Todos estes imóveis se enquadram no Programa Minha Casa Minha Vida. Os empreendimentos serão dotados com diferenciais de sustentabilidade e tecnologia inéditos para o segmento econômico na cidade, tais como bicicletas compartilhadas, tomadas USB e geração de energia solar para a área comum.

“Estudamos a cidade por um bom tempo e percebermos o quanto o município cresce e isso, obviamente, cria uma grande demanda habitacional. Na prática, isso se comprovou”, arremata Salomão.

Em tempo

Anápolis está localizada no centro geográfico do Brasil, é o eixo do Centro-Oeste e está localizada entre as rodovias BR-153, BR-060 e BR-414. O município tem o melhor distrito agroindustrial do interior do país, com estrutura completa e com melhores incentivos fiscais, onde estão locadas aproximadamente 170 indústrias.

Ainda conta com um dos maiores polos farmacêuticos do país, com laboratórios dentro e fora do DAIA, que se limita com outro importante empreendimento, o Aeroporto de Cargas, que consolida Anápolis como o maior pólo logístico do interior do Brasil, em articulação com as ferrovias Norte-Sul e Centro-atlântica, que cortam o Porto Seco Centro-Oeste.

Outro grande atrativo para o desenvolvimento de Anápolis é o Centro de Convenções, com 32 mil metros quadrados de área construída e dois auditórios, um para 700 e outro para 2,3 mil lugares.

O município também é considerado um forte pólo educacional, com grandes universidades particulares e ainda sedia da Universidade Estadual de Goiás (UEG), o que proporciona uma forte estrutura de formação e mão de obra especializada com cursos tecnológicos ministrados pelo IFG, Senac, Itego, Senai e pelas faculdades.

Outra importante instituição presente em Anápolis é ALA 2 (antiga Base Aérea), equipada com seus aviões supersônicos, sendo uma das principais atrações turísticas da região.

*Com Comunicação Sem Fronteiras

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