Investidor que cometeu sequestro em Anápolis para receber dívida ficará marcado para sempre

Vítimas foram mãe e ex-cunhada do 'rei do Bitcoin'. "Com um homem não se brinca", justificou o criminoso

Da Redação Da Redação -

Sem antecedentes criminais, o sequestrador Luís André Martins, de 30 anos, é de boa família e não tinha necessidades financeiras de cometer o crime.

A informação foi revelada pelo delegado Thiago Martimiano, do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC), da Polícia Civil (PC), em Goiânia.

“Ele até fala em um dos áudios para a família que ele não tinha necessidade daquele dinheiro, mas que com um homem não se brinca”, explicou o investigador em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (02).

Investidor, Luís André cobrava uma dívida de Cláudio José de Oliveira — conhecido como o ‘rei do Bitcoin’. O valor alegado é de 278 criptomoedas (aproximadamente R$ 9 milhões).

Mas sem receber o dinheiro, Luís André sequestrou em Anápolis na manhã de sábado (30) Zenaide Ribeiro Silva, de 61 anos, e Raquel de Oliveira, de 31.

As mulheres, respectivamente, são mãe e ex-cunhada de Cláudio José. Luís André contratou dois comparsas e alugou uma casa na periferia de Águas Lindas, cidade localizada no Entorno do Distrito Federal (DF).

As duas chegaram a ser mantidas nesse cativeiro, mas o temor de estar sendo monitorado pela PC fez com que ele abandonasse em Brasília o veículo utilizado na ação e fugisse em outro.

Da capital federal, as vítimas foram levadas para uma fazenda do município de Cabeceira Grande, no interior de Minas Gerais (PM).

O lugar foi localizado pela PC e as duas mulheres foram resgatadas com vida na madrugada de domingo (1°).  Luís André, no entanto, conseguiu fugir pela mata juntamente com os dois comparsas do sequestro.

Identificados, eles devem ser presos nos próximos dias. “Agradecemos aos policiais envolvidos pela agilidade e alto nível de profissionalismo que resolveram a questão”, afirmou em nota o Grupo Bitcoin Banco.

A organização financeira, atualmente em processo de recuperação judicial, foi fundada por Cláudio José, o ‘rei do Bitcoin’ a quem Luís André quis cobrar a dívida de criptomoedas com sequestro.

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